quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os malefícios do andador!



A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou, nesta semana, uma campanha para acabar com um hábito visto como inofensivo por boa parte das famílias no país: o uso do andador infantil.

“O andador é um equipamento que só traz prejuízos, seja pela sua absoluta inutilidade no processo de aquisição da marcha, seja pelos grandes riscos à segurança, como os riscos de traumatismos cranianos potencialmente letais, queimaduras, intoxicações e até afogamentos”, afirma a entidade em nota oficial assinada por seu presidente, Eduardo Vaz, e pelo presidente de seu departamento científico de segurança, Aramis Antonio Lopes Neto.
A SBP alega ainda que não há evidências de quaisquer benefícios ligados aos andadores e, por isso, seus cerca de 16 mil pediatras associados devem contraindicar para os pais de seus pequenos pacientes o uso do acessório. E, caso eles cheguem ao consultório com o hábito já em vigor, a SBP instrui que os médicos recomendem a destruição do andador.

Acidentes graves
O posicionamento contra o andador também adotado pela Academia Americana de Pediatria e da Aliança Europeia pela Segurança Infantil, além do exemplo do Canadá, onde é proibida a venda dos equipamentos, dão força à campanha brasileira. Entretanto, para a Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur), a campanha é um exagero.

“O bebê corre riscos de diversas maneiras, independentemente de onde ele estiver. A supervisão do adulto é sempre necessária. Que se criem normas de segurança e se regulamente a produção dos andadores no Brasil, mas pensar em abolir seu uso é extremista demais”, defende Elio Santini Jr., membro do conselho administrativo da associação. “Já houve normatização dos berços, das cadeirinhas para carros, dos carrinhos de bebê. O andador pode ser o próximo. Tornando o produto mais seguro, não vejo por que proibi-lo”, completa.

Apoiando a campanha da SBP, a pediatra Clarice Blaj Neufeld, professora-assistente do Departamento de Pediatria da Santa Casa de São Paulo e mestre em pediatria pela Faculdade de Medicina da mesma instituição, é contra os andadores. “Já atendi criança com fratura no crânio porque havia caído escada abaixo presa no andador. A irmãzinha chegou perto demais e o menino não conseguiu se controlar dentro daquele aparelho. Os acidentes são sempre muito mais graves em um andador do que seriam se a criança estivesse solta no chão”, conta.

 O risco de acidentes não é o único motivo que leva pediatras a desaconselhar o uso do aparelho. Paulo Fontella Filho, pediatra especializado pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), alerta também para as desvantagens dos andadores em relação ao desenvolvimento psicomotor da criança: “Ela leva mais tempo para ficar em pé e caminhar sem apoio, tem a importantíssima etapa do engatinhar encurtada e pode desenvolver ‘pés de bailarina’, ou seja, caminhar nas pontas dos pés por um tempo, porque dificilmente o ajuste dos andadores será perfeito para sua altura”, enumera. “Além disso, é perigoso. Não posso recomendar um aparelho que traga tantos prejuízos para uma criança”, diz. 

Leia a matéria no IG

domingo, 20 de janeiro de 2013

Epilepsia: 7 mitos e verdades sobre a doença


Por MADSON MORAES
Ela não é uma doença, mas, sim, um conjunto de doenças. Seu diagnóstico não é difícil, mas seus sinais costumam assustar as pessoas que presenciam. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a epilepsia é uma doença neurológica que afeta cerca de 2% da população mundial e cerca de 5% da população terá, ao menos, uma crise na vida.
No Brasil, ainda existe um grande número de pacientes sem controle adequado de crises tanto por parte dos profissionais da área da saúde como por desinformação das próprias pessoas. Um dos seus sinais mais evidentes é a pessoa caindo ao chão, se contorcendo e "babando". Por isso, o preconceito cultural e ignorância sobre a doença resistem nas pessoas.
Na Idade Média, por exemplo, a doença era relacionada com a doença mental e tida como doença contagiante, o que persiste até hoje entre pessoas desinformadas. Associava-se com uma possível "possessão demoníaca" e, dessa forma, se tentava curar esse mal por meios de rituais religiosos. Acreditava-se, ainda, que aquela a saliva durante a convulsão podia transmitir a doença. Isso é um mito.
"A epilepsia não é uma doença contagiosa. O contato com a saliva do paciente de maneira alguma torna a outra pessoa epiléptica. No entanto, a saliva pode transmitir (mesmo que raramente) algumas doenças infecciosas. Por isso, não é recomendado o contato desnecessário com a saliva de um desconhecido sem mecanismos de proteção", explica o neurologista Leandro Teles.
 
A doença não é contagiosa e pode surgir em qualquer idade. "É preciso estabelecer a causa exata das crises para estabelecer a melhor conduta. As causas vão desde doenças estruturais como neurocisticercose, derrames, tumores e sequela de acidentes até predisposição genética", explica. É preciso que a pessoa tenha mais de duas crises sem uma razão aparente para ser caracterizado um estado epilético.
O paciente com epilepsia pode levar uma vida normal? Claro, garante o médico. "Pacientes bem controlados podem e devem trabalhar, praticar esportes, casar, ter filhos etc. Até mesmo dirigir o paciente pode após 2 anos de controle e bom seguimento clínico", explica o neurologista.
O Sistema Único de Saúde (SUS) presta assistência e fornece medicamentos para tratamento aos portadores de doença neurológica como está previsto na Portaria GM/MS nº. 1.161, que instituiu a Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica. Para a solicitação desses medicamentos, o paciente ou seu responsável deve efetuar cadastro em estabelecimentos de saúde vinculados às unidades públicas.
 
Mais informações?
Cilque aqui embaixo:

Epilepsia: 7 mitos e verdades sobre a doença


Vale a leitura: a formação emocional e cognitiva da criança

Texto do economista Teco Medina, sobre a educação dos filhos.

Retirado do antigo blog do fim do expediente

 

  Meu pai

Postado por Luiz Gustavo Medina em 30 de outubro de 2008 às 15:23
1 – Como sabem estou escrevendo uma coluna que mistura finanças e família na revista da Mara Luquet
2 – Como não agüentam mais saber, esse ano foi meu primeiro dia das crianças do outro lado do balcão.
Estava “travado” para escrever a coluna desse mês que conseguisse como me pediram, misturar finanças, meu lado filho e meu lado pai. Além do desproporcional tempo das atividades, estamos falando de outra época, de outras possibilidades e por isso nada se encaixava.
Até que exatamente no dia das crianças a mesa ao lado salvou minha coluna, salvou meu mundo e talvez o futuro da minha filha. Em 30 minutos um casal “moderno” me deu a coluna pra revista que sai semana que vem, me deu um norte pra filha que eu pretendo ter e me fez ser imensamente grato ao que fizeram comigo quando eu era criança.
Lá eu não podia dedicar a ninguém, aqui eu posso. Então esse texto é apenas uma homenagem aos verdadeiros bons pais, que ufa, eu tive.
Domingo, 12 de outubro, no restaurante do Clube Athletico Paulistano, um menino com quatro super-heróis na mão reclama pra mãe porque não havia recebido também o homem aranha.
Eu (economista) e minha mulher (psicóloga) comemorando nosso primeiro dia das crianças aproveitamos para brincar sobre o tipo de educação que gostaríamos de dar a nossa filha. Esse exercício é muito fácil nos outros. Decidir para o seu, nem sempre. Nossa vantagem é que pela minha teoria número um, economia e psicologia, são as profissões mais complementares do mundo, algo como o arroz e o feijão para os brasileiros.
No momento em que o menino começa a gritar, o pai resolve ir ao banheiro e começa o memorável “econômico – psicólogo” diálogo:
Mãe: Filho, você devia estar feliz em ter ganhado QUATRO presentes hoje. Na sua idade eu não ganhava nenhum e tem muita criança que não ganhou nada hoje.
Filho: Mas eu queria justamente o homem aranha e já que me deram quatro, porque não me deram mais um. O que custava ?
Mãe: Se a gente tivesse comprado cinco, você ia querer seis. Nunca fica satisfeito !!!!
Menino se atirando no chão, arremessando o Batman pra longe e acordando minha filha: EU QUERO O HOMEM ARANHA AGORA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mãe pegando o filho a força e berrando: Presta atenção. Brinquedo custa caro, a gente comprou quatro e acabou o nosso dinheiro, entendeu ?? NÃO TEMOS MAIS DINHEIRO, OUVIU ???
Filho: A gente não pode vender o papai ???
Quando o pai volta, o filho está de castigo, sem os brinquedos e toda a história é relatada. O pai culpa a mãe porque o filho é mimado; a mãe culpa o pai porque ele é ausente. Depois de muito brigarem, tomam a decisão mais simples: colocam a culpa no menino e pedem a sobremesa.
Quase me meti, mas não tive coragem, em todo caso seguem alguns dados que colhi de algumas pesquisas que estudam o comportamento de crianças, pais e afins:
1 – Uma criança com acompanhamento escolar dos pais em uma escola ruim, aprende mais do que uma criança na melhor escola da cidade, sem acompanhamento dos pais.
2 – Os pais mais ausentes tendem a dar mais presentes, mais mesadas e fazer mais concessões aos seus filhos ?
3 – Quanto mais horas os pais trabalham, mais televisões a casa possui (será que é para cada um ficar no seu canto ?)
Tem muito mais coisa que na cabe nessa coluna como a necessidade desenfreada de ficar tendo sempre a coisa mais moderna e com isso cria nas crianças uma permanente insatisfação porque sempre FALTA algo.
Já que essa é uma revista de finanças darei minha última opinião: tenham certeza que é mais barato e muito melhor vocês SE darem de presente aos seus filhos do que comprarem tudo para eles.
Naquele dia das crianças, na mesa ao lado, o super-herói que faltava para aquele menino, não era o homem aranha, era o seu próprio pai.