As crises epilépticas febris ( CF) são muito comuns em crianças com menos de 5 anos de idade, acometendo cerca de 4 a 5% desta população. Existe uma clara predisposição genética: cerca de 30% das crianças com CF possuem uma história familiar positiva para o distúrbio.
As crises febris são mais comuns nas primeiras 48 horas de febre e com temperaturas mais altas. Porém, mesmo febres baixas podem ocasionar as crises. A febre pode ocorrer por qualquer motivo e, geralmente, decorre de infecções - sobretudo virais. Por definição, convulsões que ocorrem após vacinação também são consideradas febris.
Como identificar a crise?
As crises febris podem apresentar diversas manifestações. A criança pode ficar molinha, endurecer o corpo todo ou parte dele, perder ou não a consciência, apresentar fixação ou desvio do olhar, palidez ou roxeamento perilabial e movimentos rítmicos de uma parte do corpo. A criança também pode urinar ou defecar durante as crises. Estas alterações, ocorrem rapidamente, e o quadro, mesmo sem medicação, dura poucos segundos ou minutos. Ao final da crise, a criança costuma ficar sonolenta, confusa, irritada ou com perda de força de todo o corpo ou de uma parte dele, quadro que dura por volta de 30 minutos e regride sozinho.
O que fazer durante a crise?
1- Proteja a cabeça da criança: Durante a crise, a criança pode cair ou se debater muito e acabar apresentando lesões cerebrais importantes.
2- Chame ajuda especializada
3- Proteja as vias respiratórias: Acomode seu filho deitado de lado, para drenar a saliva. Se ele vomitar, limpe sua boca. Não empurre nada na boca de seu filho nem enfie o dedo sob hipótese alguma.
Outras causas de crises epilépticas em vigência de febre:
Crianças com crises febris tem desenvolvimento, comportamento, aprendizagem, crescimento e evolução normais em relação as outras crianças. As crise podem recorrer, de acordo com cada paciente e a necessidade de tratamento medicamentoso profilático e sua escolha devem ser feitas junto ao seu neuropediatra.