quinta-feira, 31 de março de 2011

Transtornos Globais do Desenvolvimento



Em homenagem ao 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização pelo Autismo

Transtornos globais do desenvolvimento ( também chamados T. Invasivos do Desenvolvimento) são uma categoria que engloba cinco transtornos caracterizados por atraso simultâneo no desenvolvimento de funções básicas, incluindo sociabilização e comunicação. Os transtornos invasivos do desenvolvimento são:

* Autismo;
* Síndrome de Rett;
* Transtorno desintegrativo da infância (síndrome de Heller);
* Síndrome de Asperger,
* Transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, que inclui (ou também é conhecido como) autismo atípico.

Os pais podem perceber os sintomas desde a primeira infância, ocorrendo as primeiras manifestações tipicamente antes dos três anos. Os principais sintomas incluem problemas de comunicação, como:

* Dificuldade no uso e compreensão da linguagem;
* Dificuldade em se relacionar com pessoas, objetos e eventos;
* Brincadeiras não-usuais com brinquedos e outros objetos;
* Dificuldade com mudanças de rotina ou do ambiente familiar;
* Padrões repetitivos de movimentos corporais ou comportamentos.

Em homenagem ao dia 2 de abril, presto minha homenagem a esses pequenos e seus familiares, que lutam em pleno seculo XXI por respeito na comunidade, na família e na escola. Coloco abaixo 2 links, com reportagens sobre autismo e sindrome de Asperger.

"Cada um rema sozinho uma canoa que navega um rio diferente, mesmo parecendo que está pertinho." (João Guimarães Rosa)






sábado, 12 de março de 2011

Cefaléia em salvas - para o Renato


A cefaléia em salvas é uma forma bastante rara de dor de cabeça que ocorre predominantemente em adultos jovens e, raramente, em crianças e adolescentes. É mais comum no sexo masculino, em uma relação de 3:1.

Ela se caracteriza por uma dor muito forte unilateral, orbitária, supra-orbitária e/ou temporal, durando de 15 a 180 minutos, se não tratada. Além disso, a dor se acompanha de pelo menos um dos seguintes sintomas:
1. hiperemia conjuntival e/ou lacrimejamento ipsilaterais
2. congestão nasal e/ou rinorréia ipsilaterais
3. edema palpebral ipsilateral
4. sudorese frontal e facial ipsilateral
5. miose e/ou ptose ipsilateral
6. sensação de inquietude ou agitação

As crises têm uma freqüência de uma a cada dois dias a oito por dia.

A localização retrorbitária (92%) é a mais freqüente, seguida da localização temporal. Em um estudo recente com 230 pacientes, a dor foi estritamente unilateral em todos pacientes estudados, não havendo predileção significativa pelo lado da dor. Nos casos episódicos, 14% tiveram alternância na mesma salva e 18% na salva seguinte. Dois pacientes apresentaram mudança do lado da dor durante a mesma crise. Alguns casos raros de dor bilateral já foram descritos e podem se apresentar de várias formas: alternância de lado em salvas distintas e alternância de lado na mesma salva, como observadas neste estudo citado ou até mesmo bilateral na mesma crise.

Segundo os autores deste estudo, a duração média máxima de uma crise foi de 159 minutos enquanto a duração média mínima foi de 72 minutos. O número máximo de crises foi de cinco nas 24 horas. A média de tempo de remissão (sem dor) foi de um ano, tendo relatos de remissão de oito semanas a 20 anos.

A maioria referiu predileção pelas estações de outono e primavera, inclusive os pacientes com CS crônica, que relataram exacerbação das crises nestas estações. As crises noturnas foram observadas em 73% dos pacientes, acordando-os à noite.

O lacrimejamento é o sinal autonômico mais freqüente, seguido por hiperemia conjuntival e congestão nasal. Há também relatos de náusea, fotofobia, fonofobia e osmofobia durante a crise. A náusea e os vômitos são mais freqüentes nas mulheres com CS (46,9% vs. 17,4%), enquanto a fotofobia, a fonofobia e a osmofobia se manifestam proporcionalmente em homens e mulheres. A agitação e a inquietude durante a crise foi relatada por 93% dos pacientes e não houve exacerbação da dor pelos movimentos, importante fato no diagnóstico diferencial. A dor, descrita como cruciante, impele ao movimento constante, na busca desesperada por alívio.

Sacquegna e col., em 1987, estudaram o curso de 72 pacientes com cefaléia em salvas episódica, observando que 86% dos casos tinham freqüência regular das salvas por ano e 69% tinham regularidade na freqüência e duração das salvas. A maioria tinha uma salva por ano. O autor sugere que a história natural seja caracterizada pela regularidade, envolvendo mecanismos de controle biológico.

Alguns fatores são considerados como deflagradores da crise, como o álcool, medicamentos vasodilatadores, histamina, sono, alterações comportamentais, aumento das atividades física, mental ou emocional. As alterações emocionais parecem influenciar principalmente os casos crônicos.

Com os estudos evidenciando sintomas freqüentemente associados à dor, várias sugestões foram sendo feitas para inclusão de algumas características à classificação. Alguns itens foram considerados e incluídos, como a agitação e a inquietude durante a crise, descritas por vários autores.

Fenômenos sensoriais, como fotofobia, fonofobia e osmofobia, e a possível presença de náuseas e vômitos, são descritos em vários estudos. Segundo Van Vliet e col. (2003), este é um dos motivos principais para o erro diagnóstico pelo não especialista, muitas vezes confundindo-a com a migrânea. Um relato freqüente é a ausência de exacerbação da dor com esforço físico, ajudando no diagnóstico diferencial.



quinta-feira, 10 de março de 2011

Como os videogames afetam o cerebro das crianças?

Neurocientistas investigam como as novas tecnologias acabam moldando o funcionamento do cérebro – uma série de testes empregando sensores vem sendo realizada com jovens acessando a internet ou lendo um livro.

Daí se tira a suspeita de que as novas tecnologias sejam ótimas para agilizar a cabeça, mas ruins para estimular a profundidade do pensamento. Entendem-se, assim, o crescimento vertiginoso do Twitter e a expansão do comércio, na internet, de trabalhos escolares (até de dissertações de mestrado e de teses de doutorado).

Como as novas mídias influenciam o cérebro das crianças, seu comportamento e sua capacidade de aprendizagem? Por que as crianças parecem cada dia mais "inteligentes"? Qual a incluencia exercida pelas novas tecnologias no cérebro da espécie humana?

Para entender um pouco melhor esseas perguntas, basta citar uma experiência da Universidade de Maryland, com 200 estudantes americanos, convidados a ficar desligados por 24 horas. Não poderiam usar celular nem computador, nada de Facebook ou SMS.

Depois desse exílio tecnológico, uma parte das cobaias demonstrou sinais semelhantes aos de abstinência dos viciados em álcool e drogas. Apesar do tempo de sobra nessas 24 horas, a maioria daqueles estudantes não quis ler um livro, assistir a um noticiário da TV ou folhear um jornal.

Quer saber mais?

Então assista a reportagem sobre videogames e sua influência no comportamento das crianças da globonews, abaixo.