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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Os benefícios da equoterapia para as pessoas com deficiência

Retirado do site vidamaislivre.com.br
Texto de Daniel Limas, da Reportagem do Vida Mais Livre
Link AQUI
Foto extraída da rede

Sem precisar de qualquer pesquisa científica, é fácil apontar alguns dos inúmeros benefícios de ter um animal de estimação ou mesmo estar próximo deles. Ah! vale dizer que é preciso gostar de animais. No entanto, o que poucos sabem, é que os bichos também podem ser protagonistas de terapias de reabilitação de pessoas com deficiência. Instituições e profissionais que trabalham com este tipo de terapia relatam excelentes resultados.
Uma das terapias que fazem uso de animais é a equoterapia, que como o próprio nome diz, trabalha com cavalos. Ela une as técnicas de equitação e atividades equestres com a finalidade de reabilitar e educar as pessoas com deficiência. “Os principais ganhos são os motores e os psicológicos”, explica Liana Pires Santos Site externo, psicopedagoga do Gati (Grupo de Abordagem Terapêutica integrada). Jorge Matsuda, especialista em educação e vice-diretor do Centro Básico de Equoterapia General Carracho (CBEGC-DF), da Ande (Associação Nacional de Equoterapia) Site externo, também é da mesma opinião: “o passo do cavalo estimula o deslocamento do corpo no espaço e, com isso, exercita o equilíbrio, a coordenação, o tônus muscular e a postura. Além disso, possibilita ganhos psicológicos, aumentando a autoestima e a autoconfiança”, explica. Isso ocorre porque o animal torna-se um amigo digno de total confiança, que ajuda com suas pernas e patas para a melhora dos pacientes.
“Durante toda a sessão, os terapeutas também ajudam a estimular a fala, a linguagem, o tato, a lateralidade, cor, organização e orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos”, explica Jorge Matsuda. Na esfera social, a equoterapia ainda é capaz de diminuir a agressividade, tornar o paciente mais sociável, diminuir antipatias, construir amizades e treinar padrões de comportamento como: ajudar e ser ajudado, diminuir e aceitar regras, encaixar as exigências do próprio indivíduo com as necessidades do grupo, aceitar as próprias limitações e as limitações do outro.
Apesar de ser uma terapia bastante recomendada, ela tem restrições ou contra-indicações, como quase tudo nessa vida. Por isso, é imprescindível que o paciente passe por uma avaliação médica que ateste as condições e também é recomendada uma análise psicológica e fisioterápica do futuro praticante. “Também não costumo recomendar a equoterapia para pessoas com alergias aos animais e com restrições ortopédicas”, explica Liana.
O trote que trata. Do site https://equoterapia.wordpress.com/2012/10/22/o-trote-que-trata/

Antes de começar o tratamento em si, Jorge Matsuda ainda recomenda que o paciente seja estudado por uma equipe interdisciplinar composta por profissionais das áreas de educação, saúde e equitação, quais sejam: pedagogos, professores de educação física, de ensino especial, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, profissionais de equitação habilitado em Equoterapia e outros. O praticante é avaliado pela equipe e a partir disso é elaborado um programa especial e definido os seus objetivos.
Criança sobre um cavalo e três pessoas estão ao seu redorNormalmente, as sessões são individuais e têm a duração média de 30 minutos cada. O tratamento em equoterapia dura em média dois anos no Centro Básico de Equoterapia General Carracho (CBEGC-DF), podendo ser reduzido ou dilatado em função do diagnóstico, da característica de cada praticante, do desenvolvimento do trabalho terapêutico e outros fatores intervenientes. Outra característica importante é que, para poder atuar no tratamento das pessoas com deficiência, os cavalos são selecionados e separados segundo uma série de características físicas e psicológicas e necessitam ser constantemente trabalhados e adaptados para a equoterapia.
Segundo profissionais da área, a equoterapia é indicada para o tratamento dos mais diversos tipos de comprometimentos motores, como paralisia cerebral, problemas neurológicos, ortopédicos, posturais; comprometimentos mentais, como a Síndrome de Down, comprometimentos sociais, tais como: distúrbios de comportamento, autismo, esquizofrenia, psicoses; comprometimentos emocionais, deficiência visual, deficiência auditiva, problemas escolares, tais como distúrbio de atenção, percepção, fala, linguagem, hiperatividade, e pessoas “saudáveis” que tenham problemas de posturas, insônia, stress.
Heitor Borella, que nasceu com paralisia cerebral, praticou equoterapia com a psicopedagoga Liana durante dois anos – de 2003 a 2005. “Só parei porque um médico orientou que eu parasse porque eu estava ficando corcunda e a terapia poderia prejudicar ainda mais”, explica o rapaz que hoje tem 19 anos, estuda jornalismo (quarto semestre) e é assistente administrativo da área de seguros do Itaú Unibanco Site externo.
Ele considera esse tratamento fundamental para a vida das pessoas com deficiência. “Essa prática mexe com todos os movimentos da pessoa. Traz benefícios enormes para a coluna e para as pernas. Fora isso, é ótimo para a parte psicológica, pois a oportunidade de ter contato direto com os animais acaba refletindo no psicológico. Ao fazer a terapia, percebi grande melhora no meu humor, na vontade de fazer as coisas e no ritmo de vida”, relata Heitor.
O jovem também recomenda que o paciente saiba esperar um pouco, pois os resultados não aparecem logo nas primeiras sessões. “Mas eu já vi caso de uma pessoa que não conseguia ficar sobre o cavalo e logo foi progredindo. Achei espetacular”, lembra. Ele também conta que descobriu essa terapia graças à Liana, que já foi a sua psicopedagoga. Ela começou a trabalhar com a equoterapia por volta do ano 2000, e ele se interessou pelo novo trabalho da Liana. “Demorei três anos para convencer a minha mãe”, conta. Para finalizar, uma dica de Liana: “Ter um animal em casa já ajuda muito. Além disso, está comprovado que ter um animal tira a pessoa do sedentarismo e traz benefícios para a rotina de vida e responsabilidades”, explica.

domingo, 29 de janeiro de 2017

O que é hidrocefalia?

Breve texto sobre hidrocefalia, suas causas, repercussões, maneiras de identificar a doença e formas de tratamento disponíveis.


 A hidrocefalia consiste no acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no encéfalo. Com isso, ocorre dilatação de regiões cerebrais chamadas ventrículos e alterações cerebrais, que podem comprometer o desenvolvimento cognitivo e neuropsicomotor da criança.



A hidrocefalia tem inúmeras causas e pode aparecer já na vida intrauterina, ser adquirida por problemas no parto (comuns em crianças prematuras) ou mesmo ao longo da infância e fase adulta. Independentemente da causa, o diagnóstico precoce é fundamental para que se possa fazer um tratamento eficaz, e reduzir ou prevenir sequelas do quadro.

Identificando a hidrocefalia 

 

Todo o sistema nervoso central é envolvido por liquor, que circula também em regiões internas do encéfalo e medula espinhal. Em algumas regiões internas cerebrais denominadas ventrículos há, inclusive, um deposito significativo de liquor. Contudo, se ocorre acumulo excessivo, com dilatação destas regiões, denominamos o quadro de hidrocefalia.



Nos casos congênitos de hidrocefalia, que ocorrem por desenvolvimento anormal do sistema nervoso central, infecção ou sangramento cerebral intra-útero, ocorre obstrução do fluxo de fluído cerebrospinal e dilatação destas regiões cerebrais. Causas menos comuns são tumores, traumatismos e infecções no sistema nervoso central do feto.

Nos lactentes, após o nascimento, notamos crescimento excessivo do perímetro cefálico e atraso/regressão progressiva do desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Os pais notam alterações comportamentais (sonolência, irritabilidade, letargia), alterações respiratórias ( apnéias), alterações do formato do crânio, macrocrania (cabeça grande) ou que cresce rapidamente, com fontanela (moleira) grande e dilatada.

Crianças mais velhas e adultos podem apresentar outros sintomas, tais como: sonolencia, nauseas e vômitos, desorganização de idéias, lentidão psicomotora, alterações visuais e de equilíbrio, dor de cabeça, letargia e crises epilépticas.

Tratamento 

O tratamento visa a prevenir ou, pelo menos, reduzir os danos cerebrais do acumulo de liquor em SNC e, em geral, busca-se corrigir o fluxo de liquor com tubos que direcionam diretamente o fluxo de líquido para outra parte do corpo, geralmente para o abdome, onde ele é absorvido. 


Há também a possibilidade, em alguns casos, de se fazer um tratamento endoscópico, em que se fazem pequenas aberturas intracerebrais para que o liquor flua mais facilmente, com a vantagem de não necessitar de válvulas ou qualquer material estranho dentro do corpo. Porém, ela só está disponível em casos específicos, a serem identificados pelo neurocirurgião.

Uma vez identificados os sinais pelos pais ou pelo pediatra, o neuropediatra costuma acompanhar e investigar os pacientes para confirmar ou descartar o diagnóstico e, em caso de necessidade, encaminhá-los ao neurocirurgião, que é quem escolhe a técnica mais adequada para o tratamento de cada indivíduo.

Por fim, é importante ressaltar que o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para se prevenir sequelas futuras, e o acompanhamento posterior dos pacientes também é imprescindível, para se evitar problemas adicionais do quadro.



domingo, 4 de setembro de 2016

Celulares, tablets, videogames, computadores: pode deixar?


Alerta: excesso de uso dos eletrônicos por crianças causa dependência

Especialistas comparam cérebro de criança exposta ao uso excessivo de aparelhos eletrônicos ao de usuário de drogas.

Por: Shyrlene Souza

Retirado de: http://br.blastingnews.com/ciencia-saude/2016/09/alerta-excesso-de-uso-dos-eletronicos-por-criancas-causa-dependencia-001095827.html 

  

                           

 

Se deparar com crianças fascinadas com uso de aparelhos eletrônicos é uma cena muito comum nos ambientes, atualmente. Essas novas tecnologias com tão pouco tempo de existência se tornaram um vício para grande parte das pessoas. Principalmente entre os adolescentes e as crianças. Esse comportamento de uso excessivo deveria ser algo impactante para a sociedade, mas acabou virando algo corriqueiro.

A maioria dos pais esquece que expor a criança a esses excessos, pode ser bastante prejudicial. O responsável pela clínica médica The Dunes, nos Estados Unidos, escreveu, recentemente, um artigo que foi publicado pelo New York Post, falando justamente pelo abuso dos aparelhos eletrônicos por crianças.
O médico comparou a exposição excessiva às tecnologias ao uso de drogas. Segundo o Dr. Nicholas Kardaras, o cérebro das crianças que brincam com o Minecraft parecem com o das pessoas que usam drogas. Ele acredita que isso seja algo mais prejudicial do que o vício em entorpecentes. Existem muitos casos graves de criança viciada em aparelhos eletrônicos.

Esse comportamento tem como característica sintomas como impaciência, crises depressivas e agressividade, no momento em que se retira os aparelhos eletrônicos como celulares, tablets e vídeo games. Existem alguns casos extremamente graves onde a criança perde contato com o ambiente real, chegando a se confundir o virtual com o real. A situação pode evoluir ao extremo, onde chega a praticar crimes e acreditam que não estão fazendo nenhum mal. Os especialistas adotaram o uso de expressões como heroína digital e cocaína eletrônica como referência ao vício nos eletrônicos.

O Doutor Kardaras ressalta que esse tempo gasto com o uso dos dispositivos eletrônicos, poderia ser melhor aproveitado no desenvolvimento de áreas do cérebro de grande importância, como o caráter e habilidades sociais e também elas poderiam estar interagindo com outras crianças.

Influências na vida adulta

O especialista também afirma que esses abusos provocam marcas que acompanham durante toda vida. A dependência causada pelo uso dos dispositivos provocam uma predisposição a se tornar um adulto solitário, cheio de complexos, baixa estima e alienado. Para combater esse mal é necessário estimular atividades que promovam a interação com a família e a imaginação.

É necessário limitar os períodos de uso aos aparelhos eletrônicos, principalmente as crianças muito pequenas.

                                                                     Família?
 
Leia também a matéria sobre formação emocional e uso de tablets, do jornal O Globo: http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/uso-excessivo-de-tablets-pode-prejudicar-desenvolvimento-emocional-de-criancas-diz-estudo-15219944http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/uso-excessivo-de-tablets-pode-prejudicar-desenvolvimento-emocional-de-criancas-diz-estudo-15219944

Sobre as crianças e a televisão

Publicidades de comida afetam cérebro das crianças, diz estudo
Retirado de: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/267918/publicidades-de-comida-afetamcerebro-das-criancas-diz-estudo  

                                                                          Vai deixar?

O objetivo das campanhas publicitárias de alimentos é bastante claro: levar ao consumo. As imagens usadas, as cores escolhidas, os protagonistas e o timing em que aparecem não são obras do acaso e se o efeito já é bem forte nos adultos, nos pequenos ele pode ser ainda maior.

Um recente estudo do Centro Médico da Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, indica que os anúncios publicitários têm impacto direto no cérebro das crianças, que ficam querendo alimentos saborosos (como aqueles que veem) depois de assistirem aos anúncios. Além disso, a capacidade de resposta perante comida é mais rápida também.


Publicado no passado dia 12 no The Journal of Pediatrics, o estudo teve por base a análise de 23 crianças com idades entre os oito e os 14 anos, que foram convidadas a avaliar o sabor e o ‘fator saudável’ de 60 alimentos, antes e depois de assistirem a anúncios televisivos, alguns sobre comida. Os participantes puderam, ainda, escolher comer ou não cada um dos alimentos avaliados.

Todo este processo foi realizado ao mesmo tempo que os cérebros dos mais novos eram avaliados através de imagens de ressonância magnética, lê-se na Fox News.


Antes de assistirem aos anúncios, as crianças não escolheram os alimentos tendo em conta o fato de serem ou não saudáveis, mas sim tendo por base o quão saborosos eram. A escolha teve por base o sabor e o aspecto apetitoso foi ainda maior depois de terem assistido aos anúncios publicitários, algo que ficou provado com as imagens obtidas na ressonância magnética e que mostraram uma ativação da área cerebral relacionada com a recompensa.

Amanda Bruce, uma das mentoras da pesquisa, diz que os anúncios publicitários de comida têm um efeito bastante direto na capacidade de decisão, mas salienta que as crianças estão em desvantagem, uma vez que são mais facilmente influenciáveis para escolhas menos saudáveis.
 

Conviver com a diversidade pode favorecer o cérebro das crianças

Da revista Galileu: Cientistas identificam diferenças no desenvolvimento cerebral de crianças que tiveram contato com diferentes tipos de pessoas 


Para entender como o cérebro responde ao perceber diferenças raciais, cientistas têm estudado o chamado “preconceito implícito”: uma reação biológica e inconsciente que pode determinar o quanto confiamos em cada pessoa de acordo com suas características faciais.
 
Em uma convenção da American Psychological Association, a psicóloga Jasmin Cloutier apresentou um estudo recente que sugere que crianças expostas desde cedo a rostos de outras raças podem ser menos suscetíveis a certos tipos de preconceito. Os cientistas acreditam que essas impressões relacionadas aos rostos das pessoas são criadas durante a infância.

No artigo do Journal of Cognitive Neuroscience, Cloutier descreveu o experimento com 45 participantes brancos, expostos a uma série de atividades visuais com o rosto de pessoas brancas e negras. Durante o teste, seus cérebros foram escaneados na região da amídala, a parte relacionada à sensação de medo e outras emoções.

Entre os participantes que afirmaram ter se relacionado com pessoas de outras raças quando crianças, a atividade dessa área cerebral foi bem menos evidente. O resultado pode indicar que seus cérebros estão mais “preparados” para encarar o rosto de negros como indivíduos antes mesmo de considerá-los como parte de um grupo racial diferente do deles.

O objetivo principal dos pesquisadores é analisar alternativas capazes de minimizar esse possível preconceito implícito. O estudo ainda é recente, mas sugere que crianças expostas a uma variedade maior de rostos podem desenvolver melhor a habilidade cerebral de “processar” rostos e talvez estejam menos propensas a reações de medo quando tiverem contato com rostos que não forem familiares.

 Link para a reportagem : http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/08/conviver-com-diversidade-pode-favorecer-o-cerebro-das-criancas.html

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Estudo mostra que música pode ajudar bebês a processar fala

Bebês estimulados a fazer brincadeira musical tiveram mais atividade em área do cérebro relacionada à habilidade de falar.


Retirado de G1


Pesquisa publicada nesta segunda-feira (25) nos Estados Unidos mostra que a música pode ajudar os bebês no aprendizado da fala. Os autores observaram o comportamento de um grupo de crianças em idade de amamentação que participaram de jogos que incluíam o uso de ritmos musicais.
"Nosso estudo é o primeiro realizado em bebês que sugere que se expor a ritmos musicais pode melhorar a capacidade de detectar ritmos na linguagem", explica Christina Zhao, pesquisadora do Instituto de Aprendizado e Ciências do Cérebro (I-LABS) na Universidade do Estado de Washington.
Zhao é a principal autora do trabalho, publicado na revista da Academia de Ciências dos Estados Unidos, a "PNAS". Os pesquisadores compararam a evolução de um grupo de 20 menores de nove meses, aos quais ensinaram a reproduzir ritmos musicais em um pequeno tambor, enquanto um segundo grupo de 19 bebês, da mesma idade, recebeu outro tipo de brinquedos, como carrinhos ou cubos.
Uma semana depois desta experiência, os bebês foram submetidos a testes para determinar as áreas exatas do cérebro onde houve maior atividade. Como mostra a agência AFP, constatou-se que as crianças incentivadas a participar de jogos que envolviam música tiveram maior atividade nas regiões do cérebro importantes para o aprendizado da linguagem.
Como mostra a agência AFP, a linguagem, assim como a música, tem fortes características rítmicas, afirmam os pesquisadores. O ritmo das sílabas ajuda a distinguir os sons e a compreender o que uma pessoa diz e é essa capacidade de identificar os diferentes sons que ajuda os bebês a aprender a falar.
"Para adquirir a capacidade de falar, os bebês devem ser capazes de reconhecer os tons e os ritmos e ter a capacidade de se antecipar", explicou Zhao. "Isto significa que um estímulo musical precoce pode ter efeitos mais amplos nas capacidades cognitivas", acrescentou.
"A percepção de padrões é uma habilidade cognitiva importante, e melhorar essa habilidade desde cedo pode ter efeitos duradouros na capacidade de aprendizado", observou a co-autora Patricia Kuhl, também do I-LABS, em nota sobre o estudo.

quinta-feira, 3 de março de 2016

O que a música faz com o seu cérebro?

Retirado de Hypescience

Quer você esteja dançando ao som de sertanejo universitário em um churrasco ou ouvindo Bach enquanto lê um bom livro, a música tem o poder de levantar o seu humor ou te deixar para baixo. Os cientistas ainda estão tentando descobrir o que acontece em nosso cérebro quando nós ouvimos música e como ela produz estes efeitos potentes sobre a psique.
“Nós estamos usando a música para entender melhor o funcionamento do cérebro em geral”, disse Daniel Levitin, um proeminente psicólogo que estuda a neurociência da música na Universidade McGill, em Montreal, em entrevista ao site da rede CNN.

Três estudos publicados recentemente exploram a forma como o cérebro responde à música. A missão para chegar exatamente a que processos químicos ocorrem quando colocamos nossos fones de ouvido está longe de terminar, mas os cientistas já encontraram algumas pistas.

Benefícios para a saúde

Ouvir música é bom, mas será que pode se traduzir em benefício fisiológico? Levitin e sua equipe publicaram uma meta-análise de 400 estudos na revista “Trends in Cognitive Sciences” que sugere que a resposta para esta pergunta é “sim”.

Segundo a CNN, em um dos estudos revisados, os pesquisadores estudaram pacientes que estavam prestes a passar por cirurgias. Os participantes foram selecionados aleatoriamente para ouvir música ou tomar medicamentos anti-ansiedade. Os cientistas registraram as avaliações dos pacientes sobre sua própria ansiedade, bem como seus níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Os resultados: os pacientes que ouviram música tinham menos ansiedade e menores níveis de cortisol do que as pessoas que tomaram a medicação. Ainda que tenha advertido que este é apenas um estudo e mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar os resultados, Levitin aponta para um uso medicinal poderoso para a música.
“A promessa aqui é que a música é, sem dúvida, menos cara do que as drogas, é melhor para o corpo e não tem efeitos colaterais”, explica. A equipe que fez a revisão bibliográfica também realça a evidência que ela é associada com a imunoglobulina A, um anticorpo ligado a imunidade, assim como maiores contagens de células que combatem as bactérias e germes.

O tipo de música que gostamos

Ok, a música é boa para nós, mas como podemos julgar se ela é prazerosa? Um estudo publicado na revista “Science” sugere que os padrões de atividade cerebral podem indicar se uma pessoa gosta do que está ouvindo.
Valorie Salimpoor, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Rotman de Toronto e ex-aluna de Levitin, conduziu um estudo no qual os participantes acompanharam 60 trechos de música que nunca tinham ouvido antes, enquanto tinham seus cérebros escaneados por uma máquina de ressonância magnética funcional (RMf).
Os 19 participantes foram convidados a indicar quanto pagariam por uma determinada canção quando ouviam os trechos, ao mesmo tempo, permitindo que os investigadores analisassem seus padrões de atividade cerebral. Um número pequeno de participantes como esse é comum em um estudo de RMf em função de complexidade e custos, embora isso sugira que mais pesquisas devem ser feitas.
Os autores do estudo destacam em seus resultados uma área do cérebro chamada núcleo accumbens, que está envolvida na formação de expectativas. “Há uma rede de atividade que prevê se você vai ou não comprar a música que você está ouvindo”, afirma a pesquisadora.

Atividade cerebral

Quanto maior a atividade no núcleo accumbens, mais dinheiro as pessoas disseram que estavam dispostas a gastar em qualquer música no “leilão” que os pesquisadores projetaram. “Isto foi um indicador de que algum tipo de expectativa relacionada com a recompensa foi cumprida ou superada”, explica.
Outra área do cérebro chamada giro temporal superior está intimamente envolvida na experiência da música e sua conexão com o núcleo accumbens é importante. Os gêneros de música que a pessoa escuta durante a vida têm um impacto em como o giro temporal superior é formado.
O giro temporal superior sozinho não prevê se uma pessoa gosta de uma determinada música, mas está envolvido em armazenar modelos a partir do que você já ouviu antes. Por exemplo, uma pessoa que tenha ouvido muito jazz é mais propensa a apreciar um determinado trecho de jazz do que alguém com muito menos experiência. “O cérebro funciona meio que como um sistema de recomendação de música”, exemplifica Salimpoor. Isso mesmo, nosso cérebro tem um Spotify particular.
Levitin acredita que, embora os resultados sejam interessantes, eles são um refinamento do que outros laboratórios já encontraram no passado. Ele e Vinod Menon, na Universidade de Stanford, foram os primeiros a mostrar o papel do núcleo accumbens na música, em 2005.

Todos ouvimos a mesma coisa?

Parece intuitivo que pessoas diferentes, com base em suas personalidades, preferências e histórico pessoal, terão experiências diferentes quando expostos a uma determinada canção. Sua atenção a vários detalhes pode variar e elas podem gostar de coisas diferentes na música.
Mas Levitin e seus colaboradores mostraram em um estudo publicado no “European Journal of Neuroscience” que, da perspectiva do cérebro, pode haver mais semelhanças entre os ouvintes de música do que se acredita.
“Apesar das nossas idiossincrasias em ouvir, o cérebro experimenta a música de uma forma muito consistente entre os indivíduos”, disse Daniel Abrams, o principal autor e pesquisador de pós-doutorado na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, em entrevista à CNN.
Dezessete participantes que tinham pouca ou nenhuma formação em música participaram deste estudo que, como o de Salimpoor, é pequeno, mas típico para uma pesquisa de RMf. Os participantes ouviram quatro sinfonias do final do período barroco do compositor William Boyce – que os pesquisadores escolheram porque refletem a música ocidental, mas que provavelmente seriam desconhecidas para os participantes.

Música é mais que gosto

Entre os participantes, os pesquisadores encontraram sincronização em várias áreas importantes do cérebro e padrões de atividade cerebral semelhantes em diferentes pessoas que ouvem a mesma música. Isto sugere que os participantes não só perceberam a música da mesma forma, mas, apesar de todas as diferenças pessoais que possuíam previamente, há um nível em que compartilham uma experiência comum.
Regiões cerebrais envolvidas no movimento, atenção, planejamento e memória mostraram ativação quando os participantes ouviam as músicas – estas são estruturas que não têm a ver com o processamento auditivo em si. Isto significa que quando nós experimentamos a música, um monte de outras coisas estão acontecendo para além do mero processamento de som.
Uma teoria resultante é que essas áreas do cérebro estão envolvidas em “segurar” na mente determinadas partes de uma canção, como a melodia, enquanto o resto da música continua tocando, explica Abrams.
Para Levitin, os resultados também refletem o poder da música para unir as pessoas. “Não é nossa tendência natural nos enfiarmos em uma multidão de 20 mil pessoas, mas para um show do Muse ou do Radiohead, nós fazemos isso”, aponta Levitin. “Há uma força unificadora que vem da música e não achamos isso em outras coisas”.
Uma pesquisa adicional pode comparar a forma como os indivíduos com cérebros saudáveis ​​diferem na sua audição musical em comparação com as pessoas com autismo ou outros transtornos cerebrais, acreditam os cientistas. “Os métodos que usamos podem ser aplicados para entender como o cérebro controla a informação auditiva ao longo do tempo”, disse Abrams.

Qual é o próximo passo

A próxima fronteira na neurociência da música é olhar mais atentamente para quais substâncias químicas no cérebro estão envolvidas na audição da música e descobrir em que partes do cérebro elas estão ativas.
De acordo com Levitin, qualquer neuroquímico pode ter uma função diferente dependendo de sua área do cérebro. Por exemplo, a dopamina ajuda a aumentar a atenção nos lobos frontais, mas no sistema límbico está associada com o prazer.
Usando a música como uma janela para a função de um cérebro saudável, os pesquisadores podem ter insights sobre uma série de problemas neurológicos e psiquiátricos. “Conhecendo melhor como o cérebro é organizado, como funciona, quais mensageiros químicos estão trabalhando e como eles estão trabalhando é o que nos permitirá formular tratamentos para pessoas com lesão cerebral ou combater doenças, distúrbios ou mesmo problemas psiquiátricos”, completou Levitin. [CNN]

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Brincadeiras ajudam no desenvolvimento e aprendizado das crianças

Brincar de esconde-esconde, jogar dominó ou jogo da velha ajuda a criança a aprender a se socializar, interagir com outras crianças e desenvolver suas coordenações motoras

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Educação musical desenvolve inteligência e sociabilidade em crianças

Retirado do Jornal de Londrina , reportagem de Fabio Luporini.

O contato do ser humano com a música desde a infância traz benefícios ao desenvolvimento pessoal da criança, que pode se tornar um adulto inteligente e sociável. O processo de educação musical passou a ser obrigatório no ensino regular das escolas brasileiras em agosto do ano passado, mas especialistas, que defendem a musicalização infantil há mais tempo, sugerem esse tipo de atividade até mesmo antes de a criança entrar em uma escola regular.
Docente do Departamento de Música e Teatro da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e especialista em educação infantil, a professora Helena Loureiro defende um processo de desenvolvimento musical sistemático durante a infância. “A criança terá a oportunidade de ter um ambiente diversificado de sons e música, que será desenvolvido ao longo da vida. Quando mais se escuta, toca, canta e vivencia, mas desenvolve esse aspecto”, afirmou.


A complexidade de ritmos e sons da música faz com que o cérebro seja estimulado a desenvolver elementos como a lógica e inteligência. “Várias pesquisas comprovam que a música trabalha diversas partes do cérebro, entre elas o raciocínio, a lógica. O que ocorre é que o músico precisa fazer associações de ritmos”, explicou a professora de música Tatiane Mota, que atende cerca de 200 crianças de quatro meses a dez anos.
De acordo com ela, além de trabalhar a sensibilidade, o aluno de música pode se destacar em outras disciplinas como a matemática. “O tempo dos ritmos têm a ver com frações, que desenvolvem a matemática”, disse Tatiane. Helena apontou que a inteligência pode vir a partir do ambiente musical com que a criança tem contato ao longo da infância. “Ela cria esquemas musicais porque experimenta e desenvolve uma vivência musical.”
Entretanto, todo esse universo só será possível dependendo do ambiente em que a criança é exposta desde que nasce. “O ambiente que a criança vivencia pode proporcionar experiências diversificadas e novas aprendizagens. Se ela pode escutar uma diversidade de sons e música, isso se tornará a bagagem dela, que interferirá nas relações sensoriais dela”, apontou Helena.
Brincadeiras com música e ritmos e que interagem com outras pessoas são extremamente saudáveis durante a infância. “Aquelas brincadeiras de roda, em que as crianças cantam, contribui com a sociabilização e interação com outras pessoas, melhorando o respeito ao outro”, observou.
Tatiane ressaltou ainda que a prática da música ajuda a controlar a ansiedade e melhora a concentração. “As crianças são bombardeadas pela mídia e passam horas na frente do computador. Quando fazem aula de música, elas param para prestar atenção ao som”, avaliou. A constância em trabalhar com instrumentos e microfone diminui a timidez. “Desenvolve-se na criança a auto-estima.”
Segundo Tatiane, as aulas ensinam o aluno a ter disciplina. “Eu tinha um aluno de oito anos que sempre respondia com mal criações. Com o passar do tempo ele foi melhorando e deixou de responder. A música ajuda e faz a diferença na formação da criança.” Crianças estressadas e nervosas passam a ficar mais calmas, assim como a imposição de limites aos pequenos. “A criança precisa de limites e, através da música, isso acaba ocorrendo de forma descontraída e prazerosa.”

Texto completo aqui

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O ponto fraco do ensino forte

Por Marta Medeiros
Revista Época - 28.07.11

 Foram os piores anos da minha vida.” A frase ainda é dita com sofrimento pela estudante carioca Chanel de Andrade Rodrigues, de 18 anos. Ela está no 1o ano da faculdade de artes, mas não esquece o período em que estudou no Santo Agostinho, do Rio de Janeiro, um dos colégios mais tradicionais e bem-conceituados do país. Do 7o ano do ensino fundamental ao 1o ano do ensino médio, passou seus dias perdida entre aulas que não acompanhava, um enorme volume de conteúdos para memorizar, provas difíceis, notas baixas e um séquito de professores particulares a cada final de ano letivo. Na escola, não gostava de sair para o recreio e não comia nada. Em casa, compensava a ansiedade comendo demais. Na escola anterior, menos rígida, onde tirava boas notas, costumava nadar e fazer aulas de dança. No Santo Agostinho, evitava as aulas de educação física. Chanel entrou em depressão e engordou 20 quilos.
A mãe tentou convencê-la a fazer terapia, mas ela se recusava. “Eu só queria ser invisível”, afirma. “Odiava a competitividade que estava sempre no ar.” Só depois que Chanel foi reprovada, no 1o ano, sua mãe decidiu trocá-la de escola. (Procurado por ÉPOCA, o Santo Agostinho não respondeu aos pedidos de entrevista.) O caso de Chanel é apenas um entre centenas que revelam uma realidade incômoda: o custo emocional alto – muitas vezes altíssimo – do modelo de eficiência adotado naquelas escolas que exigem alto desempenho dos alunos e garantem todo ano boas colocações nos melhores vestibulares.
Consideradas as melhores do país, quase sempre campeãs nas provas nacionais de avaliação, as escolas de ensino tradicional representam, na mente de muitos pais, uma esperança de sucesso para a vida dos filhos num mercado de trabalho competitivo. Apesar de seus resultados inquestionáveis e da procura crescente por escolas desse tipo, esse modelo agora começa a ser mais e mais questionado por seus efeitos colaterais.
O ensino tradicional surgiu na Europa do século XVIII como um modelo em que os alunos são ensinados e avaliados de forma padronizada. Ele se inspira na ideia de que a mente das crianças é uma tabula rasa, um espaço em branco sobre o qual os diversos conteúdos – gramática, matemática, ciências, história etc. – devem ser inscritos seguindo um método rigoroso de exposição e avaliação. Mais do que qualquer outra aptidão, valoriza o acúmulo de conhecimento: quanto mais fatos e fórmulas o aluno aprende, mais bem avaliado ele é.
Há, ainda, uma forte pressão por desempenho nas provas e um grande volume de conteúdo a estudar. As escolas tradicionais também costumam ser mais rígidas em regras de comportamento, como respeito ao horário, frequência às aulas, uso de uniforme e atitude no recreio. Apesar de ter incorporado conceitos pedagógicos mais modernos, a essência do modelo tradicional de ensino permanece a mesma – e a educação tradicional está em alta no mundo, com filas de espera para matrículas e salas abarrotadas de alunos.
A grande procura por uma vaga numa dessas escolas se explica pelo desempenho acima da média de seus alunos. No Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que classifica as escolas públicas e particulares a partir das notas tiradas numa prova feita pelos alunos, é decisivo para a família na hora de escolher onde matricular seus filhos. Há anos, os colégios mais tradicionais e rígidos ocupam o topo da lista. “É comum hoje em dia pais e mães compararem as posições das instituições em que seus filhos estudam. Se os resultados das escolas não são bons, bate o sentimento de que se está fazendo algo errado”, afirma Quézia Bombonato, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Em Vinhedo, no interior de São Paulo, uma escola aberta em 2001 mostra essa tendência. O Colégio de Vinhedo, que busca alunos de classe média alta, reproduz uma escola tradicional europeia. Os alunos usam uniformes formais, os professores vestem ternos e tailleurs. A própria decoração da escola parece de outro tempo – embora, dentro da sala de aula, haja lousas interativas, câmeras e laptops para cada aluno. Há ênfase no conteúdo e na disciplina. “Nossa ideia é resgatar valores que são esquecidos”, diz o diretor, Eduardo Cumone. “Também temos uma carga horária maior, para que haja melhores resultados.” A proposta da escola encontra eco nos pais. A procura triplicou nos últimos cinco anos. Em 2001, havia uma única turma por série; em 2012, haverá duas ou três.
Os rankings de avaliação também puxam a educação para o lado mais rígido em outros países. “Nos Estados Unidos, está havendo um retorno à tradição, amparado na crença de que pontos na competição internacional são importantes”, diz o psicólogo americano Howard Gardner, criador da Teoria das Inteligências Múltiplas, que propõe vários tipos de inteligência além daquela medida por testes de Q.I. Na Europa, acontece o mesmo. O Reino Unido é um bom exemplo. No fim de 2010, a Secretaria de Educação anunciou uma reforma no ensino que inclui o “retorno aos valores tradicionais”: mais conteúdo, mais disciplina – e até a obrigatoriedade de roupas s mais formais na rede pública, com aventais para as meninas e terno e gravata para os meninos. No anúncio, o secretário Michael Gove mostrou sua preocupação com a queda do país nos rankings mundiais de educação. “Vamos voltar ao topo”, disse.
O ensino tradicional ganhou ainda mais adeptos recentemente com o lançamento do livro Grito de guerra da mãe tigre. Nele, a advogada sino-americana Amy Chua relata sua experiência na criação de duas filhas com rigidez e exigências que beiravam o absurdo. Ambas eram proibidas de ficar abaixo do 1o lugar na classe e tinham de realizar atividades extracurriculares dificílimas escolhidas pela mãe – uma se tornou exímia violinista e a outra pianista. Pela defesa desses padrões quase marciais de ensino, Amy chegou a ser ameaçada de morte na internet. Mas seu livro entrou rapidamente na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos. Isso expõe o medo de toda a nação de se ver rebaixada nas listas internacionais de melhores alunos.
Para quem consegue seguir em frente e encarar tantas exigências, o ensino tradicional pode dar certo. Giulianna Freitas, de 12 anos, cursa o 7o ano do colégio Dante Alighieri, um dos mais antigos e tradicionais de São Paulo. Está lá desde os 3 anos. Ela diz que adora. Afirma tirar de letra as regras rígidas da escola, entre elas uniforme impecável e as restrições ao contato afetivo entre meninas e meninos. “Não me vejo em outro colégio”, diz. Sua mãe, a dentista Ana Claudia Garcia de Freitas, afirma ter escolhido o Dante pelos ótimos laboratórios e pelas bibliotecas. E também por ter sido sua escola – e a de sua mãe. “É uma tradição na família.”
Mas os educadores têm visto com ceticismo cada vez maior o sucesso desse modelo. Eles alertam sobre vários problemas que decorrem da estratégia convencional, baseada na combinação de competitividade e pressão por notas. A primeira limitação é a seleção natural que põe em prática. Esses colégios selecionam os alunos na hora da matrícula – com os famosos “vestibulinhos” – e, depois disso, acabam selecionando, pelo grau de dificuldade em acompanhar o ritmo, aqueles que ficam. “Valorizamos o conteúdo e somos inflexíveis em nossa filosofia de foco no professor, cultura clássica e disciplina”, diz Maria Elisa Penna Forte, supervisora do colégio carioca São Bento, que só aceita meninos e foi quatro vezes campeão nacional do Enem. “Os pais querem que os filhos se saiam bem aqui, mas, em muitos casos, isso não acontece. Aí o melhor é mudar de escola.”

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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Por que as crianças estão cada vez mais infelizes?

Do site da revista VEJA, artigo de autoria da jornalista Natalia Cuminale


Uma em cada onze crianças com mais de oito anos de idade está infeliz, segundo um estudo divulgado em janeiro deste ano pela Children’s Society, organização centenária de proteção infantil. Apesar de a pesquisa trazer à tona uma realidade das crianças entre 8 e 16 anos do Reino Unido, especialistas brasileiros em saúde infantil afirmam que esse não é um problema exclusivo das crianças britânicas. No Brasil, a realidade é parecida. Ana Maria Escobar, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo, conduziu uma pesquisa com os pais de cerca de 900 crianças de 5 a 9 anos que estudavam em escolas particulares e estaduais.
De acordo com os resultados do estudo, os pais disseram que 22,7% das crianças apresentavam ansiedade; 25,9% tinham problemas de atenção e 21,7% problemas de comportamento. "No início do estudo, esperava encontrar queixas como asma, mas não ansiedade", diz Ana. Apenas 8% tinham problemas respiratórios e 6,9% eram portadoras de asma. O estudo foi concluído em 2005, mas Ana Maria acredita que se a pesquisa fosse feita hoje, "os níveis de ansiedade e de problemas de comportamento certamente seriam ainda mais altos."
Mais do que infelizes, as crianças brasileiras também estão ansiosas, estressadas, deprimidas e sobrecarregadas. "Elas estão desconfortáveis com a infância. Esse desconforto aparece de várias formas: como irritabilidade, desatenção, tristeza e falta de ânimo. Muitas vezes, é um comportamento incomum em relação à idade delas", diz Ivete Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Saul Cypel, membro do departamento de Pediatria do Comportamento e Desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria, traz dados preocupantes: "A impressão que eu tenho é a de que o número de crianças com queixas comportamentais cresceu muito nesses últimos dez anos." Neste período, segundo Cypel, houve uma transformação do perfil da clínica: se antes as queixas sobre o comportamento infantil correspondiam a 20% dos pacientes, agora são responsáveis por 85% do total de seu consultório de neurologia.
Com uma agenda recheada de atividades extracurriculares, que vão desde aulas de idiomas como inglês e mandarim até as aulas clássicas como balé e futebol, as crianças estão sem tempo para se divertir e descansar, acreditam os médicos. Segundo Cypel, a antecipação de atividades para as quais o indivíduo não está preparado pode desencadear o stress tóxico, que ocorre quando há uma estimulação constante do sistema de resposta ao stress, trazendo prejuízos futuros para as crianças.
"A família introduz uma série de treinamentos, atividades e línguas novas. Na medida em que a criança não consegue dar conta disso, a sensação de fracasso se torna frequente", explica Cypel. "Com o stress tóxico, ao invés de favorecer o desenvolvimento da criança, os pais acabam limitando-a e desmotivando-a." Entre as consequências diretas estão a diminuição da autoestima, alterações alimentares (excesso ou falta de apetite), problemas de sono e apatia.
No início deste ano, a Academia Americana de Pediatria lançou um documento que chama a atenção para as evidências de impactos negativos do stress tóxico, com prejuízos posteriores para a aprendizagem, comportamento, desenvolvimento físico e mental. O relatório também sugere que parte dos problemas mentais que ocorrem nos adultos devem ser vistas como transtornos de desenvolvimento que tiveram início na infância.
Ana Maria Escobar acrescenta que a exposição à realidade violenta do Brasil também pode contribuir para uma sensação de ansiedade nas crianças. "Antes, raramente uma criança ouvia falar de um ato de violência. Hoje, elas ficam mais confinadas e têm medo de assaltos e sequestros. Isso com certeza provoca maior stress e ansiedade, além de maior possibilidade de se sentir infeliz, principalmente entre aquelas que vivem nas grandes cidades brasileiras", diz.
 
Sinais — O problema é agravado pelo fato de que muitos pais demoram a perceber o que se passa com seus filhos. "Eles acham que o comportamento das crianças é normal", diz Ana Maria Escobar. Além disso, a dificuldade em administrar o tempo que dedicam à vida profissional e aos filhos muitas vezes impede que os pais percebam os sinais de que algo está errado.
"Muitos pais priorizam a profissão e terceirizam a criação dos filhos. Mas é preciso se questionar: quanto tempo eu passo com meus filhos? Quem são as pessoas que estão criando eles?", afirma o psiquiatra Francisco Assumpção, da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Essa é uma preocupação constante na vida da publicitária Flora*, que tem dois filhos, Cecília* e Celso*, de 7 e 9 anos, respectivamente. As crianças, que estudam em período integral na escola, têm uma rotina bastante atribulada. Celso faz aula de inglês, futebol, tênis e deve começar a aprender uma luta neste ano. Cecília também faz inglês, natação e deve começar a praticar ginástica olímpica. "Primeiro, experimentamos uma aula de inglês uma vez por semana, depois colocamos os dois em um esporte", afirma. "Tem que sentir muito como a criança está lidando com isso. Observar o comportamento para ver se ela está cansada e se o rendimento na escola começa a diminuir", diz. Flora se preocupou em contratar uma professora de inglês para que as crianças tivessem aulas em casa. Para ela, é melhor opção para evitar o stress desnecessário no trânsito.
Apesar da preocupação, Flora fez alterações na rotina de Cecília. A pequena começou a apresentar sinais de stress. Para descobrir o problema, Flora foi investigar com a filha e percebeu que a natação estava causando o problema. "Ela chorava muito e quando acordava dizia que não queria ir para a escola. Estava diferente do que ela é normalmente", disse. Flora tirou a filha da natação no ano passado, mas ela já pediu para voltar esse ano, segundo a mãe, que vai observar o desempenho da criança.


Leia na íntegra a reportagem no site de VEJA, aqui

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Estudar música aumenta capacidade de aprendizagem das crianças

     

      Há uma série de evidências de que crianças que aprendem a tocar um instrumento musical na infância têm ganhos significativos em habilidades motoras, auditivas e no desenvolvimento da linguagem ( fala, leitura e escrita - anota aí ) e que também são utilizadas em diversas outras situações do dia-a-dia. Além disso, as pesquisas já demonstraram que o aprendizado musical na infância aumenta o desempenho em múltiplas dimensões cognitivas como habilidades espaciais, matemáticas, de linguagem verbal, e até mesmo uma associação com maior QI e desempenho acadêmico na idade adulta já foi descrita.
Rock´n roll baby!
     Um estudo longitudinal realizado em Harvard e publicado em 2008 no periódico PloS ONE, confirmou parte desses achados ao mostrar que crianças que tiveram aprendizado musical por pelo menos três anos apresentam melhor desempenho motor, auditivo e também uma melhor habilidade verbal e de raciocínio não verbal. Os resultados poderiamm ser explicados pelo efeito do estudo da música sobre o cérebro, mas também pelo fato de que as crianças que recebem educação musical costumam ter pais mais dedicados ao processo educacional dos filhos como um todo. Além disso, crianças que passam anos no processo de educação musical podem ser genuinamente mais persistentes e motivadas do que aquelas que começam e desistem logo em seguida. E se são mais persistentes para a música, têm chance de serem mais persistentes também nas tarefas da escola.
     No corrente ano de 2013, uma pesquisa realizada na Concordia University (EUA) e publicada no Journal of Neuroscience acaba de reafirmar que estudar música e aprender a tocar um instrumento musical antes dos 7 anos de idade pode sim aumentar a capacidade intelectual das crianças e também suas capacidades motoras, a partir de alterações duradouras na estrutura e funcionamento cerebral.
     O estudo foi realizado com a participação de 36 músicos, que foram submetidos a um período de atividade musical e, em seguida, a uma ressonância magnética para perceber quais os efeitos despertados no cérebro. Os voluntários tinham os mesmos anos de experiência, mas metade deles tinha iniciado a sua formação musical antes dos sete anos, sendo que os restantes começaram em idades mais avançadas.

Ritmo: útil na música, na fala e na leitura
     Análises com ressonância magnética funcional feitos no grupo estimulado demonstraram que os indivíduos que iniciaram seus estudos de música precocemente apresentavam um aumento de atividade nas áreas cerebrais de comunicação entre ambos os hemisférios e, em particular, nas fibras nervosas que ligam as duas áreas motoras do cérebro.
     Os pesquisadores responsáveis pelo estudo revelaram que basta apenas 15 meses de aprendizagem durante a fase inicial da infância para que o cérebro alcance um desenvolvimento mais complexo. De fato, o cérebro humano tem uma grande capacidade de se modificar em resposta às exigências do ambiente. E o que parece dom ou capacidade inata, pode muitas vezes ser o resultado de uma diferença estrutural em áreas cerebrais mais estimuladas e, por plasticidade cerebral, modificadas como resposta ao ambiente.
     E você achando que a gente nascia esperto, burro, inteligente, bobo, capaz ou não e tinha que aceitar, porque não dava para fazer nada, hein? Então pense de novo, amigão. E rápido!

Para terminar, uma música sobre sonhos e frustrações  (Mr Jones, Counting Crows)


 "So you wanna be a rock´n roll star, well listen now to what I say: just get an electric guitar and take some time learning how to play"

Carinho dos pais molda o cérebro das crianças

Do site: iG Delas
Autora: Fernanda Aranda - para o iG São Paulo
  

     O cérebro não nasce pronto. Além da genética, as experiências vivenciadas nos primeiros três anos de vida são determinantes – até mais do que os genes - para moldar o funcionamento cerebral diante de situações estressantes, desafiadoras e frustrantes.
     Quem avisa é a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, uma das principais estudiosas da “mente das crianças” do País. Segundo ela, dados científicos comprovam que o carinho dos pais, recebido na primeira infância (período entre 0 e 5 anos), é o grande responsável por reações cerebrais - às vezes só manifestadas na vida adulta.
     Em palestra realizada na sede da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (entidade que elabora programas voltados à população infantil), em São Paulo, Suzana explicou como as doses de afeto são receitas de sucesso para arquitetar um cérebro sadio no presente e no futuro. “Receber ou não carinho modifica para sempre como o cérebro vai reagir diante do estresse e da frustração”, afirma.

A formação do cérebro
     
“As crianças não são adultas por dois motivos principais: o primeiro é que elas não têm a experiência trazida com o passar dos anos. O segundo fator é o cérebro infantil. O órgão não nasce pronto, é menor e mais leve do que o cérebro de um adulto. Até o terceiro ano de vida, é o período em que o cérebro mais cresce e ganha peso. Uma das explicações para o crescimento cerebral é que, neste intervalo de anos, há maturação das conexões entre os neurônios, o que faz o peso da massa encefálica aumentar, ficar mais densa. Este processo é determinante para o bom funcionamento do cérebro.
     Durante este amadurecimento cerebral, a criança tem uma capacidade de aprendizado rápida e impressionante. É o período em que elas aprendem a detectar sons, enxergar e constituir habilidades, das mais variadas. Por exemplo: todos nascemos com plena capacidade de aprender qualquer idioma. Capacidade esta que vamos perdendo ao longo da vida.”

Influências na formação cerebral
     “Este período de crescimento do cérebro é chamado de período crítico. Todo e qualquer processo de aprendizado, sendo criança ou adulto, exige a repetição, por meio da tentativa e do erro. Mas nos primeiros anos de vida, o cérebro compreende mais rápido como reagir, sem precisar de tantas tentativas assim. Para criar um comportamento e uma reação padrão diante de algum estímulo - que pode ser um barulho, um estresse, uma sensação de medo, de solidão ou de felicidade - não é preciso repetir tantas vezes.
Neste contexto, é claro que a genética influencia em nossas habilidades e características. Mas a vivência da criança e os exemplos que ela tem dentro de casa são fundamentais para a criação deste comportamento. A capacidade de linguagem de uma criança, por exemplo, é intimamente ligada ao vocabulário da mãe, às palavras que ela fala com o bebê, só para citar um exemplo da influência do ambiente no desenvolvimento do cérebro infantil.”

Então, carinho neles!

O poder do carinho
      “Sabendo desta influência tão significativa do exemplo no período de aprendizagem, o estímulo dos pais dados à criança durante a primeira infância é uma importante ferramenta para o desenvolvimento de habilidades. Não só isso. O comportamento também é moldado nesta fase. Se a mãe faz de qualquer probleminha um problemão, o cérebro da criança aprende a reagir de forma estressada a qualquer situação. Isso significa que o perfil de reação ao estresse na fase adulta é aprendido e traçado na infância. São vários fatores que moldam esta reação cerebral. Pode ser influenciada, negativamente, por violências físicas ou verbais vivenciadas logo nos primeiros anos de vida. Uma mãe que grita demais ou age em descontrole passa a mensagem para o filho de que ele deve agir desta maneira quando não conseguir fazer alguma coisa.
      A boa notícia é que o carinho também molda o cérebro. São várias pesquisas científicas que compravam o carinho físico, o toque e o contato como um moldador cerebral que torna a criança mais hábil e com o sistema de proteção orgânico mais forte. Isso acontece por causa da ocitocina, um hormônio altamente influente na formação cerebral, que é produzido durante a amamentação e liberado também no abraço, no beijo, na massagem. A ocitocina é responsável por fazer com que o cérebro produza a capacidade de vínculo e acalma todas as partes cerebrais acionadas em situações estressantes. O que é uma ótima prevenção da ansiedade e outros transtornos de comportamento que, às vezes, só se manifestam na vida adulta. Receber ou não carinho modifica para sempre como o cérebro vai reagir diante do estresse e da frustração. Mas apesar de ser muito mais marcante na infância, o carinho sempre influencia. Nunca é tarde para começar.”

sábado, 13 de abril de 2013

Orientações aos pais de crianças com TDAH: como ajudar em casa


  O TDAH é um distúrbio neuropsiquiátrico que envolve tratamento medicamentoso, associado a intervenções fonoaudiológicas, psicopedagógicas, de terapia ocupacional e psicológicas, dentre outras. Contudo, paralelamente aos atendimentos clínicos, os pais devem estabelecer cuidados em casa sob pena de atrapalhar todo o tratamento da criança.

 Todos juntos!

Abaixo, algumas posturas e cuidados dos pais que podem auxiliar o desempenho acadêmico da criança com TDAH e melhorar seu comportamento no ambiente familiar:

1- Criar um ambiente de apoio, amor e amizade, que se manifestem através de palavras e atitudes.
2- Conversar sempre, diariamente, sobre as dificuldades e problemas da criança, tentando sempre auxiliá-la a superar todas as dificuldades de seu dia-a-dia.
3- Permitir e ajudar a criança a expressar seus sentimentos.
4- Se expressar de forma clara e não ofensiva. Seja sempre firme, mas nunca oprima ou ofenda a criança. Respeito ao próximo se aprende em casa: uma criança desrespeitada, ofendida ou agredida, repete estas atitudes na escola. Resolver com castigos e restrições é esperado; mas nunca com palmadas ou ofensas verbais.
5- Explicite sempre o que é aceitável e inaceitável no convívio familiar, escolar e social. Deve sempre haver recompensa por um bom comportamento; as punições por mau comportamento devem ser ocasionais.
6- As regras de comportamento familiar devem ser bem explicadas; pregar lembretes e cartazes sempre é útil.
 7- Estabelecer pequenas responsabilidades e compromissos para a criança cumprir dentro de casa.
8- Os brinquedos e jogos dados devem sempre estimular as atividades motoras, manuais ou intelectuais da criança. Jogos de memória, xadrez ou correlatos são bem vindos.

9- Estimule sempre o desenvolvimento de linguagem da criança! Na pré escola, corrija sempre quando a criança falar errado ( apenas uma vez, calma e pausadamente); brincadeiras com músicas e rimas são ótimas pedidas. Na fase escolar estimule a leitura sempre. Na fase escolar, estimule a leitura sempre. Não, não está errado: na fase escolar, estimule a leitura sempre! Não deixe de comprar revistas e livros porque " a criança não lê mesmo".Uma dica: monte um calendário para avaliar a criança diariamente. Dê a ela TODOS OS DIAS, de segunda a segunda, um pequeno texto, tirinha, história em quadrinhos ou fragmento de texto e peça que ela leia, interprete e te conte a história. Nada que demore mais do que 10 minutos para ela ler. Comece com coisas simples como tirinhas de quadrinhos e aumente a complexidade do texto com o passar do tempo. A cada atividade realizada e bem completada, marque uma estrelinha no dia correspondente no calendário. Do contrário, marque um x, ou coloque uma carinha feia. Ao final do mês, caso a criança tenha menos do que três marcações de x nos 30 dias avaliados, permita que ela escolha um presente de até 20, 30 reais, de sua escolha. É seu prêmio da vitória: comemore com ele mensalmente.


Leia com seu filho. Sempre!


 10- Monte quadros de horários para a criança( exemplo na postagem de 2 de janeiro de 2012 neste blog)
11- Marque horários para as atividades com períodos pequenos inicialmente, e vá aumentando com o passar dos dias
12- Crianças que tem professora particular devem fazer seu Para Casa antes, para corrigí-lo com a professora.
13- Motive a criança a participar de atividades esportivas; o esporte ajuda na consciência corporal, na coordenação motora, diverte e ensina ( com suas regras bem definidas) a criança a ter noções de responsabilidade e vida em sociedade.
14- Converse frequentemente com os professores e profissionais que auxiliam a criança
15- Persista! Os resultados positivos são lentos e gradativos. Comemore as pequenas mudanças no comportamento com a criança
16  Evite discutir sobre comportamentos inadequados na presença de parentes pouco próximos, visitas, colegas e amigos
17-Dê exemplo! Os modelos da criança são seus pais: se a mãe não gosta de ler e o pai só quer saber da TV, não adianta cobrar estudo e leitura da criança... Lembrem-se disto.
18- Os pais são, ambos, os grandes treinadores dos filhos. É fundamental que se tenha concordância entre o casal sobre todas as regras, prioridades e normas disciplinares. A responsabilidade deve ser dividida.
19- Quem tem autoridade não precisa de ser autoritário. É importante ensinar e mostrar como fazer antes de cobrar

 
20- Elogie todas as conquistas e progressos da criança! Seja compreensivo, preocupado e gentil, quando ele estiver aborrecido
21- Diminua ao máximo o tempo de TV. Substitua por trabalhos ou brinquedos em família, passeios e prática esportiva.
22-Monte uma rotina geral para seu filho! Horário para dormir, acordar e se alimentar é o mínimo que se deve cobrar de uma criança. Combine, sempre que possível, um horário fixo diário para os estudos.
23- Explique sempre para as crianças as vantagens do estudo. É importante que seu filho entenda e compreenda a importância do estudo em sua vida
24- Cobre e premie sempre o empenho. Empenho em se comportar melhor, em estudar, em seguir as regras. Nunca premie notas ou resultados. Os resultados tem variáveis que fogem do controle dos individuos e são, quando analisados isoladamente, sempre enganosos.

25- As regras para as premiações e os prêmios devem ser pré-estabelecidas de forma clara. Mas não se esqueça: valorize o processo, o empenho, o esforço, a rotina, nunca o resultado.
26- Evite supervalorizar as notas da criança. Elas podem ser um parâmetro, mas não significam sucesso nem tampouco fracasso. Uma nota boa significa muito pouco. Uma nota ruim sinaliza apenas a necessidade de se montar novas estratégias para que estas possam mostrar os progressos.
27- Reforce sempre a autoconfiança e a autoestima da criança

28- Rotina! ( de novo!) Rotina! Repetição! Rotina! Estudar deve ser uma rotina diária. Não há mais espaço para o “estudo antes das provas” como ocorria anos atrás: a cobrança sobre o comportamento e desempenho escolar das crianças hoje é muitíssimo maior que há 10, 15 anos atrás. Caso a criança não consiga ficar muito tempo estudando, faça dois horários diários, e nesse intervalo introduza alguma atividade prazerosa ou um horário para o descanso. Aumente o tempo para a tarefa escolar gradativamente.
29 - O local de estudo deve ser agradável: arejado, limpo, organizado e com poucos estímulos externos.
30 - Ame o seu filho acima de tudo, e dedique sempre, diariamente, um tempo para demonstrar isso a ele. Ajude-o!

É assim que se faz!