terça-feira, 23 de maio de 2017

MEU FILHO TEM TIQUES: COMO ASSIM?

Manias, todos nós temos. Porém, em alguns casos, essas manias se tornam incontroláveis, podem ser percebidas pelas pessoas ao redor e trazer desconforto e angústia. Falo dos famosos tiques: movimentos involuntários curtos, rápidos, sem intenção, praticamente idênticos e repetitivos, mas não rítmicos. Essse movimentos podem ser suprimidos, mas apenas por um curto período e somente com um grande esforço dos indivíduos.
Embora os tiques geralmente sejam simples e transitorios, podem vir em forma mais complexas e persistentes, com na sindrome de Tourette
Em geral, os tiques são mais comuns na infância e podem ocorrer sozinhos ou serem causados por uma doença, toxina ou um medicamento. Além disso, podem ocorrer como parte de outro distúrbio, como a doença de Huntington, o transtorno obsessivo-compulsivo, algumas infecções ou derrame. 
Estima-se que os tiques afetem cerca de 20 % das crianças em alguma fase da infância e sejam mais comuns e intensos em meninos. Além disso, sabe-se que, por vezes, os tiques podem persistir até a idade adulta, causando constrangimentos e baixa autoestima.
Os tiques podem ser classificados em simples ou complexos. Os tiques nervosos podem ser motores (quando ocorrem contrações como caretas, piscamentos, encolhimento do ombro, etc…) ou vocais (quando ocorre emissão de sons como tosse, grunidos, estalos ou mesmo palavras inteiras).

Os tiques simples, como piscar em excesso, fazer careta ou sacudir a cabeça, podem começar apenas como maneirismos nervosos. Os tiques complexos, como os presentes na síndrome de Tourette, envolvem varias áreas corporais ao mesmo tempo, e geralmente imitam gestos de um comportamento normal.

Do ponto de vista prático, a criança sente uma vontade irresistível de piscar, fazer careta, sacudir a cabeça ou mover-se de qualquer outra maneira. A maioria dos tiques é transitoria, ou seja: o tique desaparece sozinho. Contudo, se forem persistentes ou graves, o uso de sedativos suaves ou medicamentos antipsicóticos indicados pelo neuropediatra podem ajudar bastante.

O tratamento mais incisivo é reservado para os casos mais graves e envolve tanto medidas comportamentais  como medicamentos. Os índices de controle chegam a cerca de 80 %. O uso de medicamentos pode ser eventualmente descontinuado caso o paciente fique um tempo livres dos tiques.


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