segunda-feira, 3 de julho de 2017

Fidget Spinner trata TDAH?



Fidget spinner: auxiliar no tratamento de TDAH ou somente um brinquedinho da moda? Para a ciência, apenas diversão.


Vários pais estão em dúvida sobre a nova moda entre a criançada: o fidget spinner. O objeto, com três ou mais pontas, colorido, brilhante, maneiríssimo, gira entre os dedos e foi lançado para ser o peão moderno. Um brinquedo simples, divertido e que substitui muito bem os videogames e tablets, pouco estimulantes para as crianças.

Em meio a essa moda, surgiu o boato de que seria uma ótima opção terapêutica para crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O que se sabe até o momento sobre o assunto é: não há nenhum estudo científico que comprove essa afirmação. Portanto, papais e mamães, sem expectativas!

Qualquer novo brinquedo ou objeto que desperte o interesse das crianças pode melhorar a atenção e reduzir temporariamente a ansiedade e a impulsividade, tanto por estimular sistemas de auto-recompensa quanto por ativação de centros de prazer cerebrais. Contudo, ele não pode ser taxado como uma alternativa para tratamento de TDAH e, pior, pode atrapalhar os estudos das crianças que não sabem a hora de usá-los.


O tratamento do TDAH segue sendo complexo e multidisciplinar, com objetivo de controlar a impulsividade e melhorar a execução e produtividade da criança, para que ela tenha uma melhor auto imagem e construa a identidade de um indivíduo bem aceito socialmente, capaz de aprender e de realizar as atividades. Para a ciência, o fidget spinner passa longe de auxiliar no tratamento de TDAH, até o momento. É apenas um brinquedinho mesmo.

"Não era amor, era cilada": além de não auxiliar no tratamento do TDAH,o fidget spinner ainda pode atrapalhar seu filho de estudar. Fique de olho!

7 explicações para a dor de cabeça do seu filho (e como solucioná-la)

Retirado da Revista Crescer. Reportagem de Luiza Tenente - atualizada em 22/08/2014 16h47

Seu filho se queixou de dor de cabeça? Saiba que 85% das crianças entre 5 e 12 anos terão cefaleia ao menos uma vez na vida. A conclusão é do neurologista da infância e adolescência Marco Antônio Arruda, que conduziu uma pesquisa em 2012 com 6 mil crianças e adolescentes dessa faixa etária, de 87 cidades e 18 estados brasileiros. Por mais que pareça um sintoma corriqueiro, é importante descobrir o que desencadeia o incômodo. São tantas causas possíveis que o diagnóstico do pediatra precisa ser feito após analisar o contexto: alimentação, sono, capacidade de visão, entre outras situações. Portanto, sempre fique atento ao comportamento do seu filho, de modo que consiga relatá-lo corretamente ao médico.

A intensidade da dor de seu filho é medida através deobservação comportamental: se ele pára de brincar, e deita, essa dor é forte.


Para saber qual a intensidade da dor de cabeça da criança, uma dica é observar se ela produz algum impacto na rotina. “Os bebês e as crianças menores ainda não saberão descrever se o incômodo está fraco ou forte. Por isso, é importante notar se eles param de brincar quando reclamam da dor. Caso interrompam a atividade, procure o pediatra”, afirma Rudimar dos Santos Riesgo, do Departamento de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O especialista explica que a dor de cabeça pode ser motivada por um ganho secundário, em alguns casos. Seu filho percebe que, quando diz que está se sentindo mal, consegue cafuné e carinho dos pais. Logo após receber atenção, já volta a se divertir. Nessa situação, suprir a carência da criança já soluciona o problema.
Após descobrir o que causa a dor, fica mais fácil tratá-la. Mas não se preocupe: há medicamentos que podem aliviar o incômodo de imediato. “Nos casos em que a dor é em peso ou aperto (como se estivesse com um capacete justo) dura de 30 minutos a 72 horas contínuas, com frequência mensal e intensidade leve ou moderada, a indicação é apenas de tratamento da crise, sem a necessidade de medicamentos preventivos”, explica o neurologista Marco Antônio Arruda.  Os analgésicos, como dipirona e paracetamol, podem ser usados, desde que com frequência moderada. E claro: não cabe a você escolher o remédio. “Pergunte antes ao especialista qual medicamento pode ser usado no momento da dor”, explica Clarissa Bueno, neurologista do Hospital Infantil Sabará (SP).
A seguir, confira quais são as causas mais comuns para a dor de cabeça nas crianças. A lista leva em conta as situações em que o incômodo é um sintoma isolado. Se ele vier acompanhado de febre, por exemplo, pode ser sinal de alguma infecção, como amidalite -  já que o aumento da temperatura corporal dilata os vasos sanguíneos e provoca a dor.
Pular refeições: Se a criança ficar sem se alimentar por intervalos longos, o índice glicêmico (nível de açúcar no sangue) vai diminuir. Como o cérebro precisa do oxigênio da glicose para funcionar, haverá alteração de metabolismo e a dor de cabeça vai aparecer. Nesse caso, basta comer corretamente para que o incômodo cesse. Ter uma rotina definida, com pequenas porções saudáveis de alimento a cada 3 horas, é a melhor forma de prevenção.
Observe fatores desencadeantes, como alimentos, problemas na escola, restrição ou excesso de sono. Isso ajuda no diagnóstico!
Dormir pouco: É importante que seu filho também tenha rotina para repousar. Caso ele não descanse, a fadiga cerebral poderá ocasionar dor de cabeça. A solução é simples: definir um horário para ir para cama e para acordar. Clicando aqui, você pode ver a tabela que indica quanto seu filho precisa dormir por dia.

Problemas de visão: No fim do dia, quando volta da escola, seu filho se queixa de dor de cabeça? Ele pode estar com dificuldade para enxergar, apesar de não saber disso ainda. Os músculos que movimentam os olhos estão no osso da cabeça – se são muito exigidos, podem desencadear o desconforto. É preciso consultar um oftalmologista para saber se precisa usar óculos.
Ranger os dentes: Problemas na articulação da mandíbula, como o bruxismo, podem fazer com que a criança tenha dor de cabeça. Em geral, é um tipo de desconforto que aparece pela manhã, já que ela contraiu a região durante o sono. O pediatra vai investigar se há alguma disfunção no momento em que seu filho fecha a boca. No entanto, há outro motivo para isso: tensão. Uma dica para detectar se esse é o caso da criança é observar se ela se incomoda em pentear o cabelo: a tensão e a ansiedade se manifestam pela aflição na área do couro cabeludo. Nas duas situações, quem recomendará o tratamento será o dentista – o uso de uma placa que não deixa que os dentes se batam é a solução mais adotada.
Calor: Em dias quentes ou de intenso exercício físico, também é comum que seu filho se queixe de dor de cabeça. Isso porque, com o calor, os vasos sanguíneos se dilatam. Além disso, a contração muscular na região cervical e a fadiga podem ser as responsáveis pelo incômodo. Sugira que ele descanse (e se hidrate, claro!).
Tensão: Após analisar as condições orgânicas, o pediatra avaliará o aspecto emocional do seu filho. Se ele estiver exposto a alguma situação de estresse – pode ser na família e na escola, por exemplo –, a contratura muscular pode trazer dor de cabeça. Nesse caso, o tratamento psicológico é a melhor forma para resolver o problema.
Será que é enxaqueca?

Caso o seu filho tenha crises de dor de cabeça recorrentes, fique atento a outros sinais: se o incômodo surge em mais de um lado da região, com intensidade moderada a forte, e se vem acompanhado de enjoo e vômito. A enxaqueca costuma se manifestar também pela fotofobia (incômodo com a luz), fonofobia (desconforto diante de sons altos) e alterações visuais (aura: luzes piscando, manchas brilhantes ou visão borrada). Em geral, é pulsátil (lateja)  e piora com o esforço físico. Vale lembrar que o histórico familiar conta muito para o problema, já que ele é determinado por fatores genéticos.Na pesquisa coordenada por Arruda, concluiu-se que 8% das crianças de 5 a 12 anos no país têm enxaqueca.

O mais indicado é consultar um neurologista. Não há um exame específico para diagnosticar a doença, mas a observação dos sinais listados acima é suficiente para concluir se o seu filho sofre com o problema. Para tentar prevenir as crises, o especialista investigará se há fatores que desencadeiam o incômodo. Alimentos que contêm tiramina e conservantes, como salsicha, queijo e iogurte, podem estar entre os vilões. “Durante as crises, os medicamentos mais seguros são o ibuprofeno e o paracetamol. Mas há também outros remédios eficazes para a prevenção da dor”, explica Arruda. Como tratamento alternativo, coloque seu filho em um ambiente silencioso, ventilado e escuro, para que a dor diminua. Não deixe de tratar o problema – a criança que sofre de enxaqueca, sem ser medicada, tende a faltar mais na escola e a piorar seu desempenho.