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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Estudo: bebê nascido com cabeça grande tem mais chance de ser inteligente

Cientistas ingleses relacionam o perímetro cefálico no início da vida com futuras conquistas acadêmicas



Se o seu bebê nasceu com a circunferência da cabeça um pouquinho acima da média, não há porque se preocupar, segundo aponta um estudo da Universidade de Edimburgo (Reino Unido). O seu filho poder ter mais chances de ser um adulto inteligente e de conseguir um diploma universitário.
De acordo com a pesquisa, os indivíduos que, quando crianças, possuíam cabeças com circunferência maiores do que a média, foram significativamente mais capazes de concluir a formação acadêmica. Além disso, eles também apresentaram maiores pontuações em testes de raciocínio verbal e numérico.



A descoberta, comunicada pelo portal Independent, veio de um estudo amplo sobre a ligação entre genes, QI e saúde. Para chegar aos resultados, os pesquisadores da universidade inglesa examinaram amostras de saliva, sangue, urina e avaliações físicas e cognitivas de cem mil britânicos entre 37 e 73 anos.

Contraponto

No entanto, para o pediatra e neurologista Marcio Moacyr de Vasconcelos, presidente do departamento científico de neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, a inteligência é uma característica funcional do cérebro e não está relacionada ao tamanho dele. “Não há correlação ou função estreita, essa é uma associação fraca e frágil. Uma criança com cérebro maior pode até ser mais inteligente, mas isso não significa que uma coisa decorra da outra. Pode haver uma terceira variável. E se houver uma diferença na vida pessoal da criança? Se ela foi bem nutrida e nasceu com um perímetro cefálico maior? E se a mãe dela era mais sadia?”, questiona o especialista.
Atualmente, a ciência sabe que o tamanho do cérebro dos mamíferos, em geral, se manifesta como uma expressão direta ao tamanho do corpo do animal, ou seja, um é proporcional ao outro. “Há trinta mil anos, o precursor do Homo sapiens tinha um cérebro maior do que o nosso. E por que o nosso diminuiu? Porque o nosso corpo também reduziu de tamanho", justifica Vasconcelos.
É válido lembrar que a inteligência é determinada por diversos fatores, como a hereditariedade e fatores ambientais.  Portanto, garanta que seu filho cresça em um ambiente seguro, harmonioso e amoroso. Tudo isso, segundo o médico, é favorável ao aprendizado.

Quando o tamanho da cabeça preocupa?

Nos bebês nascidos a partir da 37ª semana gestacional, o perímetro cefálico pode variar de 33 a 35 cm. Só passa a ser estatisticamente anormal se ultrapassar 36 cm nas meninas e 37 cm nos meninos. “Mas isso não quer dizer, necessariamente, que o bebê tenha alguma deficiência. É só o pediatra que poderá analisar”, ressalta o especialista. Muitas vezes, as crianças possuem cabeça grande apenas por questões hereditárias. Outras podem ter um crescimento cefálico a partir do 6 meses de idade que se caracteriza como hidrocefalia benigna (circulação de líquido entre o crânio e o cérebro) que, como o nome diz, não é fatal e se resolve até os 2 anos de idade.
Porém, há casos em que a circunferência grande da cabeça é uma deficiência. As situações mais comuns são hidrocefalia congênita, tumores ou alguma síndrome genética. Nestes casos, o acompanhamento médico é fundamental.

sábado, 27 de maio de 2017

Meu filho tem a cabeça torta. E agora?

As alterações de crescimento e de formato do perímetro cefálico são muito comuns no primeiro ano de vida, e trazem muitas preocupações para pais e pediatras. Contudo, a cabeça "amassada", torta ou assimetrica pode existir nos primeiros meses de vida, tanto pela posição do feto na barriga/útero da mãe quanto pela passagem do bebê no canal vaginal - por isso essas alterações são mais comuns em bebês nascidos de parto vaginal. Como os ossos cranianos não estão grudados, fundidos, ainda, pode haver uma modificação temporária no formato da cabeça, quando submetida a pressões assimétricas. Contudo, com o tempo, ocorre um remodelamento natural do formato do cranio.

A passagem pelo canal vaginal por deformar um pouco o cranio do bebê, sem maiores riscos





Assimetrias cranianas e sinais de traumatismo no parto: Bossa (caput succedaneumserossanguínea a bossa é uma tumefacção (inchaço) na zona de apresentação da cabeça ao nascimento, por edema do couro cabeludo, que pode estender-se sobre as suturas (união dos ossos cranianos). Habitualmente, desaparece nos primeiros dias de vida e não precisa de nenhum tratamento. Quando são bossas grandes, pode surgir icterícia com necessidade de fototerapia ("luzes"). cefalohematoma é uma hemorragia limitada à superfície de um osso craniano (habitualmente o parietal), muitas vezes só notada algumas horas após o nascimento e que não passa as linhas de sutura. Por vezes, pode haver uma pequena fratura associada. Normalmente, não é necessário qualquer tratamento (pode surgir icterícia) e a maioria dos cefalohematomas é reabsorvida entre a 2ª semana e o 3º mês de vida, conforme o tamanho. Só em situações raras há complicações graves associadas. A craniossinostose é decorrente do fechamento precoce das suturas dos ossos dos bebês, o que impede o crescimento do cérebro e pode gerar retardo mental futuro. Hemorragias subconjuntivais e retinianas: devido ao aumento súbito da pressão dentro do tórax do recém-nascido, podem surgir pequenas hemorragias no rosto e no pescoço, assim como nos olhos (subconjuntivais e retinianas
), que não necessitam de tratamento e são temporárias. 





Além disso, é comum que ocorra um crescimento assimetrico do cranio em crianças que ficam muito tempo deitas na cama ou no carrinho de bebê, na mesma posição, gerndo uma pressão maior de um lado que em outro, e crescimento irregular do cranio, chamado de plagiocefalia posicional. Para evitar isso, o indicado é sempre revezar o lado em que o bebê ficará deitado, inclusive avaliando se há algo no berço ou ao redor que chame a atenção dele para um lado só.



Esquema de como se desenvolve a plagiocefalia posicional
Plagiocefalia posicional: foto retirada da web


Até 15% das crianças nascem com algum tipo de assimetria na cabeça. Porém, a imensa minoria necessita de uma intervenção cirúrgica por fusão precoce dos ossos (cranioestenose ou craniossinostose), condição que pode impedir o crescimento adequado do cérebro e gerar atraso do desenvolvimento e retardo mental irreversível. 



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Como avaliar o crânio de seu filho. Retirado de https://noticias.uol.com.br/saude/album/14122011plagiocefalia_album.htm#fotoNav=1

 Por fim, é fundamental lembrar que a avaliação pediátrica frequente, em que existe análise do desenvolvimento e medidas periódicas da cabeça, são o melhor meio de avaliar e prevenir qualquer problema neurológico e craniano das crianças. Seu pediatra irá sempre monitorar isso, tirar suas dúvidas e encaminhá-lo ao neuropediatra caso seja necessária uma avaliação mais aprofundada.

Avalição pediátrica de rotina: a melhor forma de prevenção
Foto retirada do site do dr Ulysses Fagundes ---> http://www.igastroped.com.br/o-instituto/equipe/prof-dr-ulysses-fagundes-neto/minha-historia/capitulo-13/