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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A criança com dor de cabeça: é enxaqueca?

Toda mãe fica incomodada quando escuta o filho reclamar de dor de cabeça e, em geral, pensa no pior: tumor, aneurisma, vaso que estourou... uma loucura! Ao procurar o pediatra, a saída é sempre a mesma: encaminhamento ao oftalmologista e uma radiografia da face, para investigação de uma possível sinusite na criança. Com exames alterados ou não, tratando ou não, a dor persiste e nada resolve. Se identificou?
O que quase ninguém fala para os pais é que há mais de 200 tipos de dor de cabeça na infância e que as dores por motivo ocular representam menos de 1% desse universo. Pior: dificilmente uma criança com menos de 5 anos terá seios paranasais maduros para ter uma sinusite aguda bacteriana. Outro dado importante é que a dor de cabeça causada por doenças graves, como tumor, aparece em menos de 1% das crianças com o sintoma. Mas o que explica então, esses episódios de dor? Segundo os estudos, a dor de cabeça cronica, na infância, em mais de 90% dos casos é causada mesmo por enxaqueca. 


A enxaqueca é uma doença benigna e hereditária. As alterações genéticas provocam alterações químicas no cérebro, que trazem crises de dor de cabeça, como respostas a desequilíbrios do organismo no dia-a-dia. Os pais podem suspeitar do problema na criança se a dor acontece sem nenhum motivo aparente, como uma virose ou gripe, e repete na semana seguinte ou no próximo mês. As atividades do dia-a-dia também ficam comprometidas. 
Nas crises, a criança pára de brincar e deita, fica mais sensível à luz e ao barulho, fecha os olhos, tem náuseas e pode até vomitar. Uma característica do desconforto é quando a dor ocorre somente de um lado da cabeça da criança, lateja e piora com esforço físico. Toda criança com dor de cabeça freqüente precisa ser encaminhada ao especialista, para identificar a causa. 

Deixar a criança sem um diagnóstico piora sua qualidade de vida e seu rendimento escolar, além de atrapalhar a rotina dos pais. Por isso, quanto antes a enxaqueca for diagnosticada e tratada, menor a chance de o problema persistir atrapalhando a criança ao longo de sua vida. 

Há atualmente várias formas de se tratar a enxaqueca, com medicamentos ou não. Contudo, a prevenção, através de mudanças nas rotinas de vida (sono e atividade fisica) ainda é o melhor remédio. Alguns alimentos -- como chocolate, café, queijo, maionese, mostarda, catchup também são responsáveis por desencadear crises, e devem ser eliminados da rotina da criança. O excesso de luminosidade, o uso frequente de eletronicos e o acúmulo de atividades extracurriculares também devem ser revistos. 
Porém, como sempre, uma boa avaliação individual por um especialista e a introdução de medidas de rotinas direcionadas aquela criança, serão as medidas mais importantes para o diagnóstico e o tratamento de seu filho. Por isso, fique atento!

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

CONHEÇA 10 MITOS SOBRE DOR DE CABEÇA EM CRIANÇAS

RETIRADO DO PORTAL GREEN ME:

É fácil dizer mas difícil entender. Existem muitos mitos e falsas crenças sobre as dores de cabeça, especialmente sobre aquelas que acometem crianças e adolescentes.
As dores de cabeça não são todas iguais e por isso devem ser tratadas de forma diferente. Temos que distinguir entre as cefaleias primárias e secundárias. Nas primeiras, (enxaqueca, dor de cabeça de tensão e cefaleia em salvas) a dor na cabeça é ela a própria doença, enquanto nas segundas, a dor de cabeça é um sintoma de outros problemas ou doenças.
A forma mais comum de cefaleia primária é a enxaqueca, um problema que pode ser genético pois está ligado à presença de membros da família que sofrem disso.
Na Itália, 10 em casa 100 crianças e adolescentes sofrem de algum tipo de dor de cabeça, e o Hospital Pediátrico Bambino Gesù em Roma, elaborou um manual de falsas crenças para esclarecer as dúvidas mais comuns sobre esta questão. Vejamos:

1. A dor de cabeça acomete apenas adultos

Não é verdade. Crianças podem sofrer desde mal desde os seus primeiros meses de vida.

2. A dor de cabeça é apenas um fator psicológico

Embora o fator psicológico possa ser um aspecto importante a se considerar, especialmente em casos graves, a dor de cabeça está relacionada à uma predisposição constitucional especialmente nos casos da cefaleia primária.

3. Problemas de vista causam dor de cabeça

A dor de cabeça não é um sintoma direto de problemas de visão. Faz-se uma consulta oftalmológica para excluir a hipertensão intracraniana.

4. Para dores de cabeça causada pela sinusite, basta fazer inalação

Sinusite não afeta crianças menores de 8 anos de idade, porque os seus seios nasais ainda não estão bem desenvolvidos. Por isso, associar dor de cabeça em crianças pequenas à sinusite não é correto, assim como a inalação com soro fisiológico não funcionará para fazê-la passar.

5. Para tratar dor de cabeça em crianças não é necessária consulta especializada

Nem sempre uma dor de cabeça é uma coisa trivial. De fato, há casos em que elas podem ser sintomas de doenças mais graves. Não há necessidade de se assustar com um único episódio, mas se as dores forem frequentes, será necessário consultar um centro especializado, sim.

6. Resista à dor. Ela passará sozinha

Viver com dor de cabeça sem poder fazer nada? Não é assim. As dores de cabeça não tratadas podem resultar em sensibilização das áreas do cérebro que lidam com a dor. Estes podem começar a interpretar como dor, sinais de tipo indolor. O risco é um aumento na frequência dos ataques.

7. Automedicação

Nunca medique seu filho baseado em experiências pessoais, etc. O tratamento da dor deve sempre ser seguido por um médico. Errar a dosagem de analgésicos ou assumir mais de 15 doses mensais pode levar à dores de cabeça crônicas.

8. Suplementos são suficientes para tratar dores de cabeça

Embora às vezes eles são prescritos no lugar de medicamentos, de acordo com os médicos do hospital italiano,
"Não há nenhuma evidência científica sobre a eficácia dos suplementos de ervaspara o tratamento de enxaquecas. Há estudos, no entanto, que confirmam a elevada eficácia do efeito placebo em crianças. Entre as crianças com dor de cabeça, o efeito funciona em até 60% delas, uma percentagem igual à dos melhores medicamentos. O efeito placebo não significa “enganar”, mas é um mecanismo psicológico para estimular a produção de substâncias com propriedades analgésicas: as endorfinas "

9. Os analgésicos são todos iguais

Analgésicos têm efeitos diferentes dependendo do ingrediente ativo. Na Itália, e também no Brasil, o paracetamol é um dos mais comuns, no entanto, o medicamento mais utilizado para controlar as dores de cabeça, ali, é o ibuprofeno. Somente um médico poderá receitar qual é o melhor analgésico para cada caso em particular.

10. Prevenção nao existe

Falso, você pode prevenir alguns tipos de dores de cabeça. Como? A realização de uma vida regular evitando a exposição à temperaturas extremas, ao estresse, às alterações do ritmo de sono-vigília e dormir um número adequado de horas.
"Uma série de falsas crenças muitas vezes nos levam a abordar o problema de forma incorreta, com o risco de fazer da dor de cabeça um problema crônico ou medicar inútil ou erradamente a criança. Nossa tarefa é lançar luz sobre esta questão, sugerindo, em primeira instância, uma consulta ao pediatra ou médico de família. Um passo necessário para enquadrar adequadamente o problema e avaliar se é necessário fazer uma investigação mais aprofundada em um centro especializado em dor de cabeça“.

Enxaqueca infantil pode ser causada pela alimentação?

Alguns esclarecimentos dados pela dra Ana Escobar, em seu blog no portal BEM ESTAR, DO G1:



Ao final de um dia de semana cotidianamente normal, chega em casa um familiar que se diz cansado, visivelmente irritado, enjoado, com claros sinais de que não tem ânimo para fazer nada, a não ser ficar quieto em um canto, de preferência na própria cama, em silêncio, alegando muita dor de cabeça já diagnosticada como enxaqueca. Todos conhecemos alguém que já passou por isso. No entanto, quando a cena acima descrita se refere a uma criança de 6 anos, os fatos ficam mais preocupantes.

Crianças podem ter enxaqueca? Sim. A incidência de crianças que, a partir de 5 anos de idade, reclamam de constantes dores de cabeça está aumentando nos últimos tempos. Estima-se que, atualmente, 8% da população infantil tem o diagnóstico de enxaqueca.

Quais as razões para o aumento da enxaqueca infantil?

Muitas são as razões apontadas para explicar o aumento da enxaqueca entre crianças. A causa é, portanto, multifatorial.

Não há a menor dúvida de que a vida está muito mais estressante para os pequenos. A rotina das crianças é intensa, com aulas regulamentares, mais as aulas extras de esportes, inglês, música e outras tantas que os pais julgam necessárias para “preparar” os filhos para uma vida competitiva. O tempo para brincar é mais escasso. A violência urbana impede que as crianças brinquem ou gastem energia ao ar livre. Os jogos eletrônicos tomam conta do tempo livre das crianças com bastante intensidade. O período de sono fica mais curto. Como não poderia deixar de ser, a ansiedade infantil é outra situação que, paralelamente, aumenta a incidência nos dias de hoje.

A alimentação é mais “rápida”, mais “fast”. A indústria oferece uma série de opções alimentares para que as refeições sejam preparadas em menor tempo, posto que na vida acelerada não há um segundo a perder. Resultado: as crianças consomem mais alimentos que notadamente podem causar cefaleia tipo enxaqueca. São exemplos: salsichas, frituras, corantes, queijo tipo cheddar, molhos, refrigerantes tipo cola, cafeína, chocolates e tudo o que contem chocolate como iogurtes ou leites.

Por tudo isso, a enxaqueca infantil aumenta. Crianças queixam-se mais comumente de dor de cabeça, geralmente na região frontal, acompanhada de enjoo, eventualmente de vômitos, intolerância à luz e mal estar. A boa notícia é que as crises infantis em geral são mais curtas que as dos adultos. Duram no máximo algumas poucas horas.

É essencial deixar claro que a dor de cabeça recorrente em crianças merece sempre uma investigação médica mais aprofundada. Há várias patologias que necessariamente devem ser descartadas, como, por exemplo, alteração na acuidade visual, sinusiopatia ou até diagnósticos mais complexos como tumores.

Há tratamento para as crises de enxaqueca infantil. No entanto, o melhor e mais indicado é que estas crises sejam evitadas, posto que debilitam a criança e impedem que ela aproveite em plenitude sua infância. Para a profilaxia das crises, é fundamental que a família procure mudar alguns hábitos que podem desencadeá-las.

Neste sentido, um estilo de vida mais tranquilo, menos ansioso, com mais tempo para atividades lúdicas e uma a alimentação adequada e saudável podem atuar como as condutas mais relevantes no sentido de diminuir a frequência das crises. Pode parecer óbvio, mas é exatamente isso que funciona.

Cultive bons hábitos. O estilo de vida que você escolhe pode  dar mais -- ou menos -- dor de cabeça. Vale sempre.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

7 explicações para a dor de cabeça do seu filho (e como solucioná-la)

Retirado da Revista Crescer. Reportagem de Luiza Tenente - atualizada em 22/08/2014 16h47

Seu filho se queixou de dor de cabeça? Saiba que 85% das crianças entre 5 e 12 anos terão cefaleia ao menos uma vez na vida. A conclusão é do neurologista da infância e adolescência Marco Antônio Arruda, que conduziu uma pesquisa em 2012 com 6 mil crianças e adolescentes dessa faixa etária, de 87 cidades e 18 estados brasileiros. Por mais que pareça um sintoma corriqueiro, é importante descobrir o que desencadeia o incômodo. São tantas causas possíveis que o diagnóstico do pediatra precisa ser feito após analisar o contexto: alimentação, sono, capacidade de visão, entre outras situações. Portanto, sempre fique atento ao comportamento do seu filho, de modo que consiga relatá-lo corretamente ao médico.

A intensidade da dor de seu filho é medida através deobservação comportamental: se ele pára de brincar, e deita, essa dor é forte.


Para saber qual a intensidade da dor de cabeça da criança, uma dica é observar se ela produz algum impacto na rotina. “Os bebês e as crianças menores ainda não saberão descrever se o incômodo está fraco ou forte. Por isso, é importante notar se eles param de brincar quando reclamam da dor. Caso interrompam a atividade, procure o pediatra”, afirma Rudimar dos Santos Riesgo, do Departamento de Neurologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O especialista explica que a dor de cabeça pode ser motivada por um ganho secundário, em alguns casos. Seu filho percebe que, quando diz que está se sentindo mal, consegue cafuné e carinho dos pais. Logo após receber atenção, já volta a se divertir. Nessa situação, suprir a carência da criança já soluciona o problema.
Após descobrir o que causa a dor, fica mais fácil tratá-la. Mas não se preocupe: há medicamentos que podem aliviar o incômodo de imediato. “Nos casos em que a dor é em peso ou aperto (como se estivesse com um capacete justo) dura de 30 minutos a 72 horas contínuas, com frequência mensal e intensidade leve ou moderada, a indicação é apenas de tratamento da crise, sem a necessidade de medicamentos preventivos”, explica o neurologista Marco Antônio Arruda.  Os analgésicos, como dipirona e paracetamol, podem ser usados, desde que com frequência moderada. E claro: não cabe a você escolher o remédio. “Pergunte antes ao especialista qual medicamento pode ser usado no momento da dor”, explica Clarissa Bueno, neurologista do Hospital Infantil Sabará (SP).
A seguir, confira quais são as causas mais comuns para a dor de cabeça nas crianças. A lista leva em conta as situações em que o incômodo é um sintoma isolado. Se ele vier acompanhado de febre, por exemplo, pode ser sinal de alguma infecção, como amidalite -  já que o aumento da temperatura corporal dilata os vasos sanguíneos e provoca a dor.
Pular refeições: Se a criança ficar sem se alimentar por intervalos longos, o índice glicêmico (nível de açúcar no sangue) vai diminuir. Como o cérebro precisa do oxigênio da glicose para funcionar, haverá alteração de metabolismo e a dor de cabeça vai aparecer. Nesse caso, basta comer corretamente para que o incômodo cesse. Ter uma rotina definida, com pequenas porções saudáveis de alimento a cada 3 horas, é a melhor forma de prevenção.
Observe fatores desencadeantes, como alimentos, problemas na escola, restrição ou excesso de sono. Isso ajuda no diagnóstico!
Dormir pouco: É importante que seu filho também tenha rotina para repousar. Caso ele não descanse, a fadiga cerebral poderá ocasionar dor de cabeça. A solução é simples: definir um horário para ir para cama e para acordar. Clicando aqui, você pode ver a tabela que indica quanto seu filho precisa dormir por dia.

Problemas de visão: No fim do dia, quando volta da escola, seu filho se queixa de dor de cabeça? Ele pode estar com dificuldade para enxergar, apesar de não saber disso ainda. Os músculos que movimentam os olhos estão no osso da cabeça – se são muito exigidos, podem desencadear o desconforto. É preciso consultar um oftalmologista para saber se precisa usar óculos.
Ranger os dentes: Problemas na articulação da mandíbula, como o bruxismo, podem fazer com que a criança tenha dor de cabeça. Em geral, é um tipo de desconforto que aparece pela manhã, já que ela contraiu a região durante o sono. O pediatra vai investigar se há alguma disfunção no momento em que seu filho fecha a boca. No entanto, há outro motivo para isso: tensão. Uma dica para detectar se esse é o caso da criança é observar se ela se incomoda em pentear o cabelo: a tensão e a ansiedade se manifestam pela aflição na área do couro cabeludo. Nas duas situações, quem recomendará o tratamento será o dentista – o uso de uma placa que não deixa que os dentes se batam é a solução mais adotada.
Calor: Em dias quentes ou de intenso exercício físico, também é comum que seu filho se queixe de dor de cabeça. Isso porque, com o calor, os vasos sanguíneos se dilatam. Além disso, a contração muscular na região cervical e a fadiga podem ser as responsáveis pelo incômodo. Sugira que ele descanse (e se hidrate, claro!).
Tensão: Após analisar as condições orgânicas, o pediatra avaliará o aspecto emocional do seu filho. Se ele estiver exposto a alguma situação de estresse – pode ser na família e na escola, por exemplo –, a contratura muscular pode trazer dor de cabeça. Nesse caso, o tratamento psicológico é a melhor forma para resolver o problema.
Será que é enxaqueca?

Caso o seu filho tenha crises de dor de cabeça recorrentes, fique atento a outros sinais: se o incômodo surge em mais de um lado da região, com intensidade moderada a forte, e se vem acompanhado de enjoo e vômito. A enxaqueca costuma se manifestar também pela fotofobia (incômodo com a luz), fonofobia (desconforto diante de sons altos) e alterações visuais (aura: luzes piscando, manchas brilhantes ou visão borrada). Em geral, é pulsátil (lateja)  e piora com o esforço físico. Vale lembrar que o histórico familiar conta muito para o problema, já que ele é determinado por fatores genéticos.Na pesquisa coordenada por Arruda, concluiu-se que 8% das crianças de 5 a 12 anos no país têm enxaqueca.

O mais indicado é consultar um neurologista. Não há um exame específico para diagnosticar a doença, mas a observação dos sinais listados acima é suficiente para concluir se o seu filho sofre com o problema. Para tentar prevenir as crises, o especialista investigará se há fatores que desencadeiam o incômodo. Alimentos que contêm tiramina e conservantes, como salsicha, queijo e iogurte, podem estar entre os vilões. “Durante as crises, os medicamentos mais seguros são o ibuprofeno e o paracetamol. Mas há também outros remédios eficazes para a prevenção da dor”, explica Arruda. Como tratamento alternativo, coloque seu filho em um ambiente silencioso, ventilado e escuro, para que a dor diminua. Não deixe de tratar o problema – a criança que sofre de enxaqueca, sem ser medicada, tende a faltar mais na escola e a piorar seu desempenho.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Páscoa, chocolate e enxaqueca

Chocolate em excesso causa dor de cabeça e enxaqueca

 

Com a proximidade da Páscoa, tanto a venda quanto o consumo de chocolate aumentam consideravelmente. Entretanto, é preciso moderar a quantidade a ser ingerida. Especialistas afirmam que chocolate em excesso pode causar dores de cabeça e crises de enxaqueca. Logo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), quem possui predisposição para um desses problemas deve evitar alguns alimentos em excesso, inclusive o chocolate.

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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Estudo mostra que enxaqueca infantil costuma ser subestimada pelos pais



Quando uma criança se queixa de dor de cabeça, pais e professores logo pensam que ela está precisando de óculos, mas problemas visuais raramente são as causas de um distúrbio mais sério e ainda subestimado em crianças e jovens: a enxaqueca. Os verdadeiros culpados incluem dieta inadequada, alterações hormonais, privação de sono e predisposição genética, segundo pesquisa realizada no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto.

O estudo revelou que os principais sintomas da enxaqueca infanto-juvenil são dores concentradas em um lado da cabeça, náusea, vômitos, palidez e mais sensibilidade à luz e ao barulho. A dor é pulsante e piora com o esforço físico, sendo comum a criança parar de brincar nessa situação. A duração da crise parece ser mais breve que nos adultos: meia hora ou até menos. Segundo os autores, o melhor a fazer é colocar a criança para descansar em um lugar bem ventilado, escuro e silencioso.

Segundo as estimativas da Academia Brasileira de Neurologia, a enxaqueca atinge cerca de 18% da população do país. Nas crianças e jovens os dados são escassos, mas o estudo de Ribeirão Preto indica que até 12% dos meninos e meninas com mais de 10 anos têm predisposição genética para o problema.

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Sem tratamento adequado, quase metade dos jovens faz uso abusivo de analgésicos


Quase 2 milhões de crianças e adolescentes brasileiros sofrem com dor de cabeça pelo menos dez dias por mês. Por falta de diagnóstico e tratamento adequado, quase metade deles acaba fazendo uso abusivo de analgésicos, o que pode piorar o quadro e trazer outros prejuízos à saúde.

A estimativa foi feita pelo neurologista Marco Antônio Arruda, da Sociedade Brasileira de Cefaleia, com base em uma pesquisa com 6.383 crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos. Mais de 80% disseram já ter sentido dor de cabeça ao menos uma vez, 10% foram diagnosticados como portadores de cefaleia tensional e 8% como portadores de enxaqueca. "Cerca de 2,5% da amostra têm o que chamamos de cefaleia crônica de alta frequência e, desses, 53% disseram tomar analgésico mais de dez dias por mês. É um exagero", diz o médico.

O consumo excessivo de remédios faz com que o corpo pare de produzir substâncias analgésicas naturais, como endorfinas. Com o tempo, as crises se tornam mais frequentes e intensas. Além disso, as drogas podem afetar os rins, fígado, coração e trato digestivo.

Mikael Correa, 11 anos, teve sua primeira crise de enxaqueca aos 7. Mas o problema só foi diagnosticado dois anos mais tarde e, nesse meio tempo, ele chegou a ter quatro episódios de dor por semana. Hoje, graças ao tratamento preventivo, o menino tem, em média, uma crise por mês. Mikael usa remédios e tem um diário, com os dias e o tempo que duram as crises.

As dores de cabeça crônicas estão relacionadas a um desequilíbrio químico no cérebro, explica a neurologista Thaís Villa, do setor de cefaleia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "Analgésicos resolvem a dor aguda, mas, quando o problema é recorrente, é preciso medicamento para corrigir o desequilíbrio."

Mas a maioria das crianças e adolescentes que sofrem de cefaleia crônica não é diagnosticada e tratada, afirma Arruda. Isso as deixa mais predispostas a sofrer de distúrbios do sono e problemas de comportamento, como agressividade ou retraimento.

Estudo mostra também que o risco de desempenho escolar abaixo da média é 40% maior entre os que têm dor de cabeça crônica. O índice de absenteísmo escolar também foi mais alto. Além disso, outro estudo revelou que crianças com enxaqueca têm o funcionamento cognitivo afetado, e desempenho inferior em testes de atenção, memória e processamento de informação. (AE)

Dicas

Gatilhos
Privação de sono, jejum prolongado, sol forte, estresse e alguns alimentos, como chocolate, são gatilhos comuns para as crises. Tente identificar quais deles afetam a criança e evite-os

Sono
As crises na infância são curtas e melhoram com o sono. Tente colocar a criança para dormir em local escuro e silencioso antes de apelar para analgésicos

Rotina
Procure respeitar os horários para comer e dormir. O ideal é que a criança deite cedo

Sinais
Criança pequena que interrompe subitamente uma atividade de que gosta pode estar com dor

Uso excessivo de analgésicos pode levar a ainda mais dores de cabeça, alertam especialistas




19 de dezembro de 2008 (Bibliomed). As dores de cabeça causadas por uso excessivo de medicamentos para dor (analgésicos) são um problema global cada vez mais comum, que merece mais pesquisas e atenção de médicos e pacientes, segundo estudo publicado na edição de novembro da revista especializada Cephalalgia.

Os pesquisadores analisaram diversos estudos que exploram a incidência das dores de cabeça por abuso de analgésicos em oito países diferentes. E destacaram que esse tipo de cefaléia atinge cerca de 1% da população adulta e 0,5% das crianças mundialmente.

“As cefaléias causadas por abuso de medicamentos é associado com incapacidade grave, necessidades de tratamento não satisfeitas e poucos dados clínicos para sustentar as estratégias atuais de controle”, escreveu o neurologista David W. Dodick, especialista da Mayo Clinic e líder do estudo.

O especialista explica que essas cefaléias são induzidas por uso indevido de medicamentos, e ocorrem diariamente ou quase diariamente, desenvolvendo-se ao longo do tempo. É criada a tolerância ao medicamento e, então, “quando o paciente tenta descontinuar a medicação, podem ocorrer difíceis sintomas de abstinência”. E o uso excessivo de alguns medicamentos pode levar dores diárias similares à enxaqueca ou ao aumento da freqüência das enxaquecas.

Há a idéia de que o problema ocorra quando pacientes com dor severa exageram na busca por um alívio, usando remédios em excesso para dar conta das atividades diárias. A condição pode começar com uma dor de cabeça severa ao acordar e ser acompanhada de náusea, ansiedade, esquecimento e irritabilidade. Os autores acreditam que, se não tratadas, essas dores podem representar um problema maior do que a enxaqueca.

De acordo com os especialistas, alguns médicos preferem prescrever o uso de remédios para enxaqueca, enquanto tentam descontinuar o uso diário de analgésicos pelo paciente. E destacam que “os médicos precisam estar vigilantes sobre qual medicação prescreve para enxaqueca e outros tipos de cefaléia, e quais os medicamentos sem prescrição os pacientes estão tomando”. Isso porque, para eles, a principal estratégia de prevenção seria a comunicação médico-paciente, além do cuidado com sintomas de abstinência.

Os mecanismos da doença ainda não estão claros assim como quais pessoas são mais propensas a desenvolver a condição, por isso mais estudos seriam necessários para um melhor entendimento da doença e para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento.

Fonte: Cephalalgia. Novembro de 2008.

Estudo indica que exercícios aeróbicos podem ajudar contra enxaqueca




30 de março de 2009 (Bibliomed). A prática regular de exercícios aeróbicos pode reduzir a frequência de enxaquecas e melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem desse mal, segundo estudo publicado na revista científica Headache: The Journal of Head and Face Pain.

Embora alguns estudos indiquem que o exercício físico pode iniciar as dores de cabeça nas pessoas que têm enxaqueca, os pesquisadores destacam que um programa de atividades físicas bem toleradas e desenvolvido para melhorar o “consumo de oxigênio” pode ser benéfico para esses pacientes.

Os pesquisadores avaliaram pessoas com enxaqueca antes, durante e após o programa de exercícios na bicicleta ergométrica (exercício aeróbico contínuo). E eles notaram que, após o período de tratamento, o consumo máximo de oxigênio aumentou significativamente.

Os resultados indicaram que não houve piora da enxaqueca em nenhum momento do estudo e, no último mês de intervenção, ocorreu uma redução considerável no número de ataques de enxaqueca, no número de dias que os participantes sofriam com o problema todo mês, na intensidade das dores e na quantidade de medicamentos utilizados para controle da dor.

Segundo os pesquisadores, as pessoas com dores de cabeça e enxaqueca normalmente são menos fisicamente ativas, o que resulta em menos resistência aeróbica e flexibilidade. E, embora a quantidade ideal de exercícios para esses pacientes ainda permaneça desconhecida, o programa apresentado apresentou bons resultados e deve ser comparado com outras abordagens.

Fonte: EurekAlert. Public release. 26 de março de 2009.

sábado, 12 de março de 2011

Cefaléia em salvas - para o Renato


A cefaléia em salvas é uma forma bastante rara de dor de cabeça que ocorre predominantemente em adultos jovens e, raramente, em crianças e adolescentes. É mais comum no sexo masculino, em uma relação de 3:1.

Ela se caracteriza por uma dor muito forte unilateral, orbitária, supra-orbitária e/ou temporal, durando de 15 a 180 minutos, se não tratada. Além disso, a dor se acompanha de pelo menos um dos seguintes sintomas:
1. hiperemia conjuntival e/ou lacrimejamento ipsilaterais
2. congestão nasal e/ou rinorréia ipsilaterais
3. edema palpebral ipsilateral
4. sudorese frontal e facial ipsilateral
5. miose e/ou ptose ipsilateral
6. sensação de inquietude ou agitação

As crises têm uma freqüência de uma a cada dois dias a oito por dia.

A localização retrorbitária (92%) é a mais freqüente, seguida da localização temporal. Em um estudo recente com 230 pacientes, a dor foi estritamente unilateral em todos pacientes estudados, não havendo predileção significativa pelo lado da dor. Nos casos episódicos, 14% tiveram alternância na mesma salva e 18% na salva seguinte. Dois pacientes apresentaram mudança do lado da dor durante a mesma crise. Alguns casos raros de dor bilateral já foram descritos e podem se apresentar de várias formas: alternância de lado em salvas distintas e alternância de lado na mesma salva, como observadas neste estudo citado ou até mesmo bilateral na mesma crise.

Segundo os autores deste estudo, a duração média máxima de uma crise foi de 159 minutos enquanto a duração média mínima foi de 72 minutos. O número máximo de crises foi de cinco nas 24 horas. A média de tempo de remissão (sem dor) foi de um ano, tendo relatos de remissão de oito semanas a 20 anos.

A maioria referiu predileção pelas estações de outono e primavera, inclusive os pacientes com CS crônica, que relataram exacerbação das crises nestas estações. As crises noturnas foram observadas em 73% dos pacientes, acordando-os à noite.

O lacrimejamento é o sinal autonômico mais freqüente, seguido por hiperemia conjuntival e congestão nasal. Há também relatos de náusea, fotofobia, fonofobia e osmofobia durante a crise. A náusea e os vômitos são mais freqüentes nas mulheres com CS (46,9% vs. 17,4%), enquanto a fotofobia, a fonofobia e a osmofobia se manifestam proporcionalmente em homens e mulheres. A agitação e a inquietude durante a crise foi relatada por 93% dos pacientes e não houve exacerbação da dor pelos movimentos, importante fato no diagnóstico diferencial. A dor, descrita como cruciante, impele ao movimento constante, na busca desesperada por alívio.

Sacquegna e col., em 1987, estudaram o curso de 72 pacientes com cefaléia em salvas episódica, observando que 86% dos casos tinham freqüência regular das salvas por ano e 69% tinham regularidade na freqüência e duração das salvas. A maioria tinha uma salva por ano. O autor sugere que a história natural seja caracterizada pela regularidade, envolvendo mecanismos de controle biológico.

Alguns fatores são considerados como deflagradores da crise, como o álcool, medicamentos vasodilatadores, histamina, sono, alterações comportamentais, aumento das atividades física, mental ou emocional. As alterações emocionais parecem influenciar principalmente os casos crônicos.

Com os estudos evidenciando sintomas freqüentemente associados à dor, várias sugestões foram sendo feitas para inclusão de algumas características à classificação. Alguns itens foram considerados e incluídos, como a agitação e a inquietude durante a crise, descritas por vários autores.

Fenômenos sensoriais, como fotofobia, fonofobia e osmofobia, e a possível presença de náuseas e vômitos, são descritos em vários estudos. Segundo Van Vliet e col. (2003), este é um dos motivos principais para o erro diagnóstico pelo não especialista, muitas vezes confundindo-a com a migrânea. Um relato freqüente é a ausência de exacerbação da dor com esforço físico, ajudando no diagnóstico diferencial.