sábado, 11 de junho de 2011

O que é TDAH?

Atualmente, muito tem se falado sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas o tema, ainda, gera muitas dúvidas e neste momento é que surgem os mitos sobre o transtorno

As dúvidas são reforçadas por informações incorretas obtidas de fontes não confiáveis e propagadas, deixando de lado as evidências científicas e a dedicação de longo prazo de especialistas e estudiosos que dedicam seus esforços para melhorar a vida de pacientes e familiares.

Dados históricos comprovam que o primeiro registro sobre os sintomas do TDAH foi feito por George Still em 1900. A doença, reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é neurobiológica, com alto grau e hereditariedade, e se manifesta através de persistente desatenção e/ou hiperatividade mais frequente e grave do que tipicamente observado em outros indivíduos.

O diagnóstico é feito exclusivamente por um médico especialista através de entrevista, observação e aplicação de questionário com 18 pontos que segue padrão adotado da DSM-IV-TR. Os prejuízos causados pelos sintomas precisam estar presentes em dois ou mais ambientes (social, afetivo, familiar, escolar e/ou profissional) para que se confirme o diagnóstico.

São incontestáveis as consequências de quem sofre com o transtorno e não recebe o tratamento adequado. E não se trata de boa ou má educação. Um portador do TDAH apresenta sintomas de hiperatividade e/ou desatenção, a criança tem dificuldade em manter a atenção especialmente em atividades que exijam raciocínio ou leitura, em concluir tarefas e atividades, em se organizar. Tem dificuldade em permanecer sentada, é inquieta e tem dificuldade em aguardar a sua vez. Estes sintomas frequentemente interferem no processo de aprendizagem e no relacionamento com amigos e com a família.

No entanto, não são suficientes para um diagnóstico e apenas um médico especialista pode realizá-lo e só ele pode avaliar qual o tratamento mais adequado. O transtorno não tem cura, porém pode ser controlado por meio de tratamento multimodal que envolve medicamento e consultas psicoterápicas, além de orientações aos pais e professores.

Instituições como a ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) reúnem informações oficiais sobre os mais diversos aspectos que possam pairar sobre transtorno. Vale ressaltar que cerca de 3 a 5% das crianças sofrem de TDAH. Nos EUA, cerca de 4,4 milhões de crianças com idades entre 4 a 17 anos foram diagnosticadas em algum momento de suas vidas, de acordo com os Centros dos EUA para Controle de Doenças e Prevenção (CDC). No mundo, estima-se que 5% das crianças possuem o transtorno com prevalência semelhante em diferentes culturas e regiões do planeta.


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Perder coisas necessárias para as tarefas e atividades, tais como brinquedos, obrigações escolares, lápis, livros ou ferramentas, é quase uma rotina. A criança chega a perder o mesmo objeto diversas vezes e esquece rapidamente do que lhe é dado.

Desatenção vai além do boletim escolar!

Fonte: http://www.sidneyrezende.com/notici/133870+desatencao+na+escola+pode+ir+alem+do+boletim;+entenda+o+tdah

Que toda criança é um pouco arteira, toda mãe sabe. Mas em alguns casos, sintomas do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) passam despercebidos por serem tão semelhantes aos que é considerado "comportamento de criança".

Quando não diagnosticado, o transtorno pode ter grande impacto na vida de uma criança, criando dificuldades emocionais, de relacionamento familiar e social, e o mais comum, que é o baixo rendimento escolar. O TDAH atinge entre 3% a 5% das crianças em idade escolar. Em geral, o transtorno é mais facilmente identificado no ambiente da escola por ser um local onde a criança começa a aprender a lidar com regras e com o convívio de outros indivíduos da mesma idade.

As crianças com TDAH tendem a apresentar mais dificuldades de aprendizado do que as que não possuem o transtorno. É preciso esclarecer que uma criança que apresenta os sintomas do TDAH não significa que ela tenha prejuízo de inteligência. O que pode explicar a grande dificuldade no desenvolvimento desse grupo está no fato de que o sistema educativo priorizado nas escolas não apresenta intervenções que facilitam e auxiliam estas crianças em relação as suas dificuldades, principalmente as atencionais.

Segundo dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), cerca de 4 milhões de brasileiros, com idade entre 1 e 64 anos, apresentam quadro da doença. Mas quando consideramos apenas o grupo de crianças de até 14 anos, o número cresce rapidamente, chegando a 9 milhões de pequenos que sofrem com o TDAH.

De acordo com a psicopedagoga e professora do Sistema Maxi de Ensino, Kellen Escaraboto Fernandes, a informação sobre o transtorno pode ajudar pais a identificar os sintomas nos filhos. "A principal dica para quem tem filhos nessa condição é se informar sobre o assunto, pois ajuda muito a minimizar o sofrimento da criança. Quando os pais sentem que não estão conseguindo ajudar seus filhos, devem procurar um profissional da área, competente, para que possa auxiliá-los", explicou.

É importante saber que o transtorno é motivado por uma questão neurológica que leva a criança a apresentar desordens comportamentais. O TDAH possui causas genéticas, podendo aparecer na infância e frequentemente acompanhar o indivíduo por toda a sua vida.

Sintomas
Para seja diagnosticada com TDAH, uma criança precisa apresentar três sintomas:

Falta de atenção - facilmente observada em sala de aula, pela concentração da criança enquanto ela participa de atividades que exigem a atenção seletiva (tarefas de focalização), atenção dividida (tarefas de capacidade) e a atenção mantida (tarefas de vigilância). Outro ponto ressaltado é que a criança apresenta facilidade de distração, mas é incorreto acreditar que a criança com TDAH apresenta falta de atenção e concentração. Na verdade ela concentra-se em focos de interesse e acaba dispersando porque pode ter ao mesmo tempo vários focos de interesse. O problema é que na verdade ela concentra-se em várias coisas ao mesmo tempo e sua dificuldade é na verdade em estabelecer um "foco" de concentração.

Impulsividade - pode ser definida como um déficit na inibição de comportamentos em resposta as demandas situacionais, ou seja, a criança que apresenta estes comportamentos geralmente são intolerantes quanto a espera em situações acadêmicas ou de jogos, apresentam tendência a responder mais rapidamente cometendo um maior número de erros em tarefas que impliquem incerteza de resposta. De forma geral, é aquele aluno que faz e depois pensa, apresentando constantes exposições emocionais de arrependimento ("eu não sei porque fiz isso", "fiz sem pensar", "eu não queria e quando percebi já tinha feito")

Hiperatividade - que podem ser percebidas pela apresentação de acentuado Foto: Getty Imagescomportamento motor. A hiperatividade pode ser definida como a presença de níveis excessivos de atividade motora ou verbal para a idade da criança. Em geral ela não controla os seus movimentos por muito tempo, mantendo em movimento alguma parte do seu corpo. Apresenta também muita dificuldade de permanecer sentada, sendo que algumas fazem movimentos com a boca, emitem ruídos estranhos ou falam sem parar.

Tais sintomas podem surgir simultaneamente, ou em casos em que apenas dois sintomas são apresentados pelo paciente. São eles destacados como Combinado, que é quando os três sintomas aparecem em uma intensidade e freqüência muito grande; ou Predominantemente desatento que é quando a desatenção prevalece. Ou ainda Predominantemente Hiperativo/Impulsivo, que é quando a hiperatividade e impulsividade são os principais sintomas.

Kellem ainda adverte que os sintomas devem ser observados com freqüência na primeira infância, devendo ainda ser considerados em pelo menos dois ambientes, por exemplo, na escola e em casa.

Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multiprofissional, em concordância com a família e, principalmente, com a escola, sendo necessária, pelo menos, a identificação de seis sintomas de desatenção, seis de impulsividade e de hiperatividade. O transtorno é fundamentado no quadro clínico comportamental, já que não existe um marcador biológico definido para todos os casos de TDAH.

"É válido destacar o cuidado que deve ser tomado em relação a avaliação da criança que apresenta estes comportamentos, uma vez que o transtorno tem sido amplamente confundido com distúrbios comportamentais, ou seja, muitas crianças que vivem em ambientes hostis, que não tem relações familiares bem estabelecidas como falta de afeto, cuidados, valores e limites, podem apresentar comportamentos semelhantes", explica a psicóloga e professora do Sistema Maxi de Ensino.

Foto: DivulgaçãoTratamento
Entre as opções de tratamento existe um conceito de intervenções conjuntas, quando mais de uma terapia constrói o ciclo de tratamento. Atualmente, é comprovada a eficácia em terapias comportamentais, tratamentos medicamentosos, terapias multidisciplinares, além de orientações para pais e escola. Para a psicóloga, os pais precisam comprometer-se para que as melhoras sejam eficazes.

Outra dica também está na prática de esportes. A atividade esportiva pode auxiliar no controle da impulsividade e da hiperatividade, mas é preciso entender que essa não é a solução principal.

Adultos
Como é um transtorno neurológico pode estar associado tanto a adultos quanto a crianças. Os problemas de conduta podem aparecer quando os pontos relacionados aos problemas de comportamento não são manejadas adequadamente durante a infância. Tal fato pode afetar diretamente na produtividade e motivação, ou na redução da habilidade em expressar ideias e emoções, prejuízo na memória de execução, problemas no discurso, problemas no raciocínio verbal, problemas acadêmicos, prejuízo da auto-estima, entre outros.

Existem alguns problemas mais graves que podem estar associados a este transtorno que são chamados "comorbidades". Podem aparecer "Transtornos de Conduta" que implicam em desafio com figuras de autoridade (em especial com pais, professores e colegas), humor facilmente irritável, exacerbação dos aspectos no desenvolvimento e educação familiar, podendo ou não chegar a níveis graves de violação.

60% das crianças tem sintomas que avisam a chegada da dor de cabeça

Foto: alterações visuais que podem ocorrer antes ou durante um episódio de enxaqueca

Enxaqueca também é coisa de criança!
Cerca de 4-10% das crianças em idade escolar apresentam o problema e é muito importante reconhecer que os sintomas vão muito além da dor de cabeça, sendo muito comuns nas crianças sintomas como dor abdominal, náuseas e/ou vômitos, e vontade de dormir. Algumas crianças com enxaqueca também apresentam o fenômeno da aura, que são sintomas neurológicos transitórios que costumam ocorrer imediatamente antes da dor de cabeça, como perda da força ou alteração da sensibilidade de um lado do corpo, alterações visuais e dificuldade em falar.

Também são bem reconhecidos sintomas que ocorrem de 2 a 8 horas antes da dor de cabeça. Esses são chamados de sintomas premonitórios e incluem: fadiga, náuseas, fotofobia, fonofobia, irritabilidade, rigidez e dor no pescoço, bocejo, aumento do apetite, tristeza, ansiedade, déficit de concentração, hiperatividade, alteração do sono, alteração de percepção dos odores e alterações faciais. Um estudo recém-publicado pelo periódico científico Cephalalgia demonstra que duas em cada três crianças / adolescentes apresentam pelo menos um sintoma premonitório. Os três sintomas mais descritos foram alterações faciais como palidez e olheiras, fadiga e irritabilidade.

O estudo tem grande importância por ser pioneiro na análise de sintomas premonitórios entre crianças e adolescentes com enxaqueca e um dos resultados que mais chamou a atenção foi a alta prevalência de sintomas faciais, raramente descritos em adultos com enxaqueca. O reconhecimento dos sintomas premonitórios de enxaqueca é uma oportunidade em potencial de se iniciar o tratamento para as crises de dor antes mesmo que elas se instalem. Essa é uma estratégia de tratamento que foi muito pouco investigada, com raras pesquisas, e no caso das crianças, ainda totalmente inexplorada.

Enxaqueca





"Quem sofre de enxaqueca, se não se cuidar, terá graves prejuízos pessoais e profissionais", afirma a neurologista Carla Jevoux, da Sociedade Brasileira de Cefaléia. Segundo ela, há estudos que mostram que a síndrome, que reduz a capacidade de concentração, é causa comum de faltas ao trabalho, de redução da produtividade e de comprometimento de ganhos potenciais. "Pacientes com esse tipo de cefaléia podem se aposentar mais cedo ou ser preteridos em promoções. Além disso, apresentam maior índice de desemprego", acrescenta.

A enxaqueca, que acomete 17% das mulheres e apenas 6% dos homens, acentua-se com a atividade física e a movimentação da cabeça, o que faz com que a pessoa busque o repouso. As crises duram de 4 horas a 3 dias, se não tratadas.

"A enxaqueca é uma desordem herdada geneticamente que torna o cérebro mais sensível a vários estímulos. É por esse motivo que quem sofre de enxaqueca diz ter crises desencadeadas por fatores como emoções, jejum prolongado, alterações dos hábitos de sono (dormir pouco ou demais), determinados alimentos ou bebidas, exposição à luz ou calor intensos", relata a médica. Carla afirma que, além dos episódios repetidos de dor de cabeça - com forte e latejante intensidade, em lados alternados da cabeça -, sintomas como náusea, vômito, intolerância à luz, aos ruídos e aos odores fazem parte das crises de quem sofre dessa síndrome.

A especialista ressalta que os pacientes, quando tratados adequadamente, pelo tempo necessário e com um relato diário da dor, podem evoluir para uma melhoria de todos os sintomas e até a cura da enxaqueca.



Alimentação e enxaqueca



Sabe-se que existe uma certa predisposição familiar para ter enxaqueca - dor de cabeça latejante e freqüente, acompanhada muitas vezes de náusea e vômitos -, mas alguns fatores podem piorar os sintomas. Segundo especialistas em cefaléia, o principal deles é a alimentação.

Os alimentos associados à enxaqueca incluem aqueles que contêm o aminoácido tiramina (vinho tinto, queijo curado, peixe defumado, fígado de galinha, figos e alguns grãos), chocolates, nozes, manteiga de amendoim, frutas (abacate, banana, frutas cítricas), cebolas, produtos lácteos, carnes que contenham nitrato (toucinho defumado, cachorros-quentes, salame, carnes processadas).

Além desses, alimentos que contenham glutamato monossódico (um aditivo encontrado em muitos alimentos), bem como qualquer alimento processado, fermentado, conservado ou amarinhado.

Os ataques desse tipo de cefaléia também podem estar associados a: reações alérgicas, luzes ofuscantes, ruídos fortes, relaxamento após um período de estresse mental ou físico, falta de sono, tabagismo (ativo ou passivo), refeições não realizadas, uso de álcool ou de cafeína, períodos menstruais, uso de contraceptivos orais (pílulas anticoncepcionais), entre outras condições.

Segundo a neurologista Carla Jevoux, da Sociedade Brasileira de Cefaléia, não há uma dieta específica para quem tem enxaqueca. "A pessoa reconhece quais os alimentos e outros fatores que desencadeam a dor e sabe que deve evitá-los. Isso varia de pessoa para pessoa. Não há como criar uma regra", explica.



Tratamento preventivo


Quem sofre de enxaqueca não pode esperar uma crise para tratar o problema. Analgésicos, remédios comumente usados para aliviar as dores de cabeça, não têm o efeito esperado e acabam aumentando a dor, porque acostumam o cérebro a não produzir a endorfina, que é um analgésico natural. Por isso, o primeiro passo para diminuir ou eliminar a dor é o tratamento preventivo.

De acordo com especialistas, há três situações nas quais o tratamento preventivo se faz necessário:

  • Manifestar mais de duas crises intensas por mês; independentemente da freqüência,
  • Crises muito intensas e incapacitantes que justificam o uso de medicação diária;
  • Quando a pessoa não tolera, ou não responde aos medicamentos usados no tratamento das crises.


  • Tratando a crise

    Se você sofre de enxaqueca, sabe que ela chega sem avisar. Por isso, esteja sempre preparado.

    Em caso de crise:

  • Tenha a medicação receitada pelo médico sempre à mão.

  • Em caso de dor intensa, procure um local fresco e escuro para se recostar, mas não se deite.

  • Coloque gelo sobre as áreas dolorosas.

  • Beba muita água e coma moderadamente.

  • Tome o medicamento para crise recomendado pelo seu médico, mas nunca mais de duas vezes por semana.

  • Principalmente, descanse.

    Lembre-se: Toda a dor de cabeça tem uma causa, mas só um médico pode avaliá-la corretamente.


  • Como evitar as crises:

    As causas da enxaqueca são muitas, mas sabe-se que algumas mudanças simples no estilo de vida contribuem para o controle das crises, e, de quebra, são extremamente benéficas para a sua saúde.

    Para prevenir-se das crises de enxaqueca, siga estas dicas:

  • Estabeleça hábitos regulares para as refeições e sono.

  • Faça algumas mudanças na dieta, diminuindo ou até mesmo eliminando certos alimentos que podem detonar a dor (como queijos e chocolates).

  • Evite a ingestão de bebidas fermentadas, como o vinho tinto.

  • Não se exponha demasiadamente ao sol e à claridade.

  • Evite se exercitar em dias quentes.

  • Evite o uso excessivo de perfume.

  • Não permaneça em locais recém-pintados ou onde estejam sendo utilizados solventes químicos.

  • Comece uma dieta rica em magnésio (que se encontra em abundância em alimentos verdes frescos, frutos do mar e nozes) e em um aminoácido chamado triptofano (que pode ser encontrado em verduras frescas, no feijão e em cereais integrais).


  • Como fazer o diagnóstico:

    A consulta médica é fundamental para o diagnóstico e o tratamento da enxaqueca, principalmente porque os sintomas desse mal se confundem com vários outros. Assim, para facilitar o processo, siga algumas dicas preparadas pela Sociedade Brasileira de Cefaléia.

    Prepare a consulta:

  • Mantenha um relatório diário com informações sobre a sua dor.
  • Estabeleça uma conversa honesta e aberta com o médico.
  • Informe detalhadamente qual o tipo de medicação que você usa durante as crises.
  • Fale bastante sobre seus hábitos, pois muitos deles podem interferir nas crises sem que você desconfie.

    Mesmo que você já esteja em tratamento contra a enxaqueca, também existem algumas situações em que deverá procurar o médico imediatamente:

  • Se o comportamento padrão de sua dor sofrer alguma mudança.
  • Se o seu organismo estiver reagindo mal aos medicamentos.
  • Se você engravidar durante o tratamento.


  • Fonte: http://saude.terra.com.br/guia/abcdasaude/dordecabeca/interna/0,,OI403114-EI4208,00.html