domingo, 11 de agosto de 2013

TDAH e disfunção executiva

   

 As funções executivas são um conjunto de habilidades utilizadas no dia-a-dia para planejar, executar, avaliar execução e corrigir ou manter o que está sendo realizado. Alguns exemplos  das funções executivas são organização, gerenciamento do tempo, controle das emoções e da impulsividade, estabelecimento de objetivos e planejamento.
     As funções executivas não são habilidades isoladas; muito pelo contrário, são altamente inter-relacionadas e inter-dependentes. Problemas com funções executivas – conhecidos também como Disfunções Executivas, podem ser encontrados em crianças sem qualquer outro transtorno, embora sejam muito comuns em casos de transtornos de desenvolvimento e são uma marca central do TDAH.
     O déficit de atenção é decorrente de problemas de modulação da atenção – como se sabe, pessoas com TDAH – tem distração e desatenção mas podem conseguir prestar atenção, muitas vezes de extrema intensidade, chegando a um hiperfoco. Contudo, enfrentam problemas com controle voluntário e auto-direcionado do foco. A hiperatividade representa um déficit em inibição motora, assim como a impulsividade está relacionada a uma inibição pobre dos impulsos. Enfim: por essas caracterísitcas, as diversas formas de apresentação de TDAH tem, habitualmente, disfunção executiva.



O acompanhamento de terapeuta ocupacional, psicopedagogo e psicomotricista é fundamental para estes pacientes, que melhoram, e muito, sua capacidade de planejar, organizar e realizar tarefas de vida diaria.
   Além disso, a postura dos pais em casa deve ser alterada, visando, sobretudo, a correção destas dificuldades, para a formação de um futuro adulto autônomo, independente e com capacidade de realização.
Por isso, seguem abaixo algumas dicas sobre como estimular as crianças com TDAH e disfunção executiva:

Valorize o esforço do seu filho

Valorizar uma crinça pelos resultados (notas, por exemplo) ou por habilidades inatas ( como é inteligente) forma crianças avessas ao esforço e ao risco, que desistem facilmente, e param tudo no meio do processo. Estimule sempre o esforço e o planejamento, de modo a mostrar para a criança que ela pode controlar o processo, mas nunca os resultados.



Seja sempre específico

Ao invés de dizer "você é bom em matemática", o melhor a fazer é dizer " parabéns pelos cálculos, você deve ter  esforçado muito!"

Estimule a criança a rever os trabalhos e achar erros
Use frases com: achou um erro? Ótimo? Agora é só corrigir.


Seja sincero


Mesmo as crianças menores sabem quando os adultos estão sendo sinceros. Se elas são premiadas sem merecerem, chegam rapidamente a duas conclusões: 1- não posso a reeditar nele e 2- eu devo ser uma lástima se você está me elogiando por isso.

Não exagere

Crianças também não respondem bem a elogios excessivos. Faça-o de forma freqüente, mas elogie sempre.





Seja equilibradoEvite excessos, mas a falta também é danosa. Isso vale para tudo, especialmente para o comportamento dos pais! Nada de um bonzinho e um bravo, ou um que se preocupa com tudo e o outro com nada. E principalmente: nada de um proíbe e o outro autoriza. 
Por fim, ressaltamos que a melhor forma de estimular uma criança é expor a ele expectativas claras, consistentes e reais, com consequencias anunciadas com antecedência, sem improvisos. As crianças tem que ser estimuladas a direcionar sua energia para estas atividades e seus pais tem que repetir de forma calma e firme incontáveis vezes tudo o que querem que seja feito.