Retirado do site: http://www.segs.com.br/demais/71237-11-perguntas-e-respostas-sobre-a-dislexia.html
Ler e escrever são aprendizados fundamentais para qualquer pessoa e a chave para o acesso a outros conhecimentos ao longo da vida. Entretanto, boa parte das crianças e adolescentes enfrentam dificuldades para ler e escrever. Hoje, uma das causas mais frequentes de mau desempenho nos estudos é a Dislexia, o Transtorno de Aprendizagem mais comum entre a população escolar, sendo referida uma prevalência entre 5 a 17,5 %.
1. O que é a dislexia?
A Dislexia é um Transtorno de Aprendizagem de origem neurobiológica. A condição é caracterizada pela dificuldade de reconhecimento das palavras, fluência na leitura das palavras e baixa competência em ler e escrever. Essas dificuldades são resultado de um déficit fonológico inesperado em relação à idade e a outras habilidades cognitivas. Isso quer dizer que apesar da inteligência normal (QI) e da criança estar na idade esperada para aprender a ler e a escrever, ela não consegue.
2. Qual a causa da dislexia?
Aprender a ler não é um processo natural como é o da linguagem oral, que se desenvolve por meio da interação social com os adultos ou outras crianças. Para aprender a ler é preciso ter uma boa consciência fonológica, ou seja, o conhecimento consciente de que a linguagem é formada por palavras, as palavras por sílabas, as sílabas por fonemas e que os caracteres do alfabeto representam esses fonemas. A leitura fluente acontece quando todos esses processos acontecem de forma automática, sem atenção consciente ou esforço. Lembrando, portanto, que a consciência fonológica é uma habilidade adquirida.
A hipótese mais aceita hoje é que a dislexia é causada por um déficit nesse processamento fonológico devido a uma disrupção no sistema neurológico cerebral. Este déficit dificulta a discriminação e o processamento dos sons da linguagem e a consciência fonológica.
3. A dislexia é passada dos pais para os filhos?
Os estudos realizados ao longo dos anos mostraram que há um fator genético importante na dislexia. Uma mutação genética rompe alguns circuitos cerebrais envolvidos no processo de leitura e escrita, levando à dislexia. A dislexia costuma aparecer em várias pessoas de uma mesma família que compartilham essa mutação genética. Assim, podemos dizer que a doença tem carácter genético e hereditário.
4. Só é possível diagnosticar uma criança quando ela entra na fase da alfabetização?
Os especialistas afirmam que existem sinais que podem indicar dificuldades futuras. Não é preciso correr para o consultório médico, mas é importante que os pais estejam atentos e conscientes de que se a criança for diagnosticada tardiamente, os anos perdidos não podem ser recuperados. Tudo é uma questão de bom senso, mas a intervenção precoce é fundamental para ajudar as crianças com dislexia.
5. Quais são os sinais precoces da dislexia?
O atraso na aquisição da fala é o primeiro sinal de alerta. Essa dificuldade pode indicar várias outras condições, como também pode ser um indício de dislexia no futuro. A dificuldade de pronunciar palavras mais complexas, assim como a omissão ou a inversão de sons (pipocas – popicas), também indicam algum déficit de linguagem. Crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem da leitura já nos primeiros anos escolares, como falta de consciência silábica e fonêmica, dificuldade de identificar as letras e os sons correspondentes e que têm uma linguagem oral e vocabulário empobrecidos devem ser avaliadas precocemente.
6. Existe algum exame que comprove o diagnóstico da dislexia?Atualmente não existe nenhum marcador biológico que confirme o diagnóstico da dislexia, portanto nenhum exame, nem de análises clínicas, nem de imagem, é capaz de comprovar o diagnóstico. Em geral, o neuropediatra é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar a dislexia, juntamente com uma equipe interdisciplinar. O médico irá excluir outras causas orgânicas, irá investigar o histórico familiar, histórico clínico e todas as demais informações. Participam ainda da avaliação o fonoaudiólogo, psicopedagogo e neuropsicólogo que irão aplicar uma série de testes para ajudar na confirmação do diagnóstico do médico.
7. Existe alguma relação da dislexia com problemas visuais?
Até o momento nenhum estudo comprovou que a dislexia é causada por um problema de visão. Os erros de inversão (ver as letras ao contrário p/b), por exemplo, são erros de origem fonológica e não de origem visual.
8. É verdade quem tem dislexia também tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade?
Nem todo mundo que tem dislexia tem TDAH. Mas, o TDAH é a comorbidade mais comum associada à dislexia. Entre as doenças que se desenvolvem conjuntamente com a dislexia podemos encontrar a disgrafia, a discalculia, transtornos relacionados à coordenação motora, entre outros.
9. A dislexia afeta mais homens que mulheres?
Sim. Estudos mostram que a dislexia afeta duas vezes mais os meninos que as meninas.
10. Como é feito o tratamento?
O tratamento para a dislexia deve ser feito por uma equipe interdisciplinar, composta pelo neuropediatra, professor, psicopedagogo, psicólogo e fonoaudiólogo. A participação da família é fundamental para o sucesso da terapia. Os profissionais atuam conjuntamente e trocam informações sobre a evolução do quadro. O tratamento exige dedicação de todos os envolvidos e é de longa duração.
11. A dislexia tem cura?
Não, ainda não há cura para a dislexia. Porém, quanto antes for feito o diagnóstico e o tratamento, mais cedo a criança irá desenvolver estratégias que irão ajudar a ler e a escrever. A terapia também vai ajudar a fortalecer a autoestima e o controle emocional para enfrentar as dificuldades ao longo da vida acadêmica.
2. Qual a causa da dislexia?
Aprender a ler não é um processo natural como é o da linguagem oral, que se desenvolve por meio da interação social com os adultos ou outras crianças. Para aprender a ler é preciso ter uma boa consciência fonológica, ou seja, o conhecimento consciente de que a linguagem é formada por palavras, as palavras por sílabas, as sílabas por fonemas e que os caracteres do alfabeto representam esses fonemas. A leitura fluente acontece quando todos esses processos acontecem de forma automática, sem atenção consciente ou esforço. Lembrando, portanto, que a consciência fonológica é uma habilidade adquirida.
A hipótese mais aceita hoje é que a dislexia é causada por um déficit nesse processamento fonológico devido a uma disrupção no sistema neurológico cerebral. Este déficit dificulta a discriminação e o processamento dos sons da linguagem e a consciência fonológica.
3. A dislexia é passada dos pais para os filhos?
Os estudos realizados ao longo dos anos mostraram que há um fator genético importante na dislexia. Uma mutação genética rompe alguns circuitos cerebrais envolvidos no processo de leitura e escrita, levando à dislexia. A dislexia costuma aparecer em várias pessoas de uma mesma família que compartilham essa mutação genética. Assim, podemos dizer que a doença tem carácter genético e hereditário.
4. Só é possível diagnosticar uma criança quando ela entra na fase da alfabetização?
Os especialistas afirmam que existem sinais que podem indicar dificuldades futuras. Não é preciso correr para o consultório médico, mas é importante que os pais estejam atentos e conscientes de que se a criança for diagnosticada tardiamente, os anos perdidos não podem ser recuperados. Tudo é uma questão de bom senso, mas a intervenção precoce é fundamental para ajudar as crianças com dislexia.
5. Quais são os sinais precoces da dislexia?
O atraso na aquisição da fala é o primeiro sinal de alerta. Essa dificuldade pode indicar várias outras condições, como também pode ser um indício de dislexia no futuro. A dificuldade de pronunciar palavras mais complexas, assim como a omissão ou a inversão de sons (pipocas – popicas), também indicam algum déficit de linguagem. Crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem da leitura já nos primeiros anos escolares, como falta de consciência silábica e fonêmica, dificuldade de identificar as letras e os sons correspondentes e que têm uma linguagem oral e vocabulário empobrecidos devem ser avaliadas precocemente.
6. Existe algum exame que comprove o diagnóstico da dislexia?Atualmente não existe nenhum marcador biológico que confirme o diagnóstico da dislexia, portanto nenhum exame, nem de análises clínicas, nem de imagem, é capaz de comprovar o diagnóstico. Em geral, o neuropediatra é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar a dislexia, juntamente com uma equipe interdisciplinar. O médico irá excluir outras causas orgânicas, irá investigar o histórico familiar, histórico clínico e todas as demais informações. Participam ainda da avaliação o fonoaudiólogo, psicopedagogo e neuropsicólogo que irão aplicar uma série de testes para ajudar na confirmação do diagnóstico do médico.
7. Existe alguma relação da dislexia com problemas visuais?
Até o momento nenhum estudo comprovou que a dislexia é causada por um problema de visão. Os erros de inversão (ver as letras ao contrário p/b), por exemplo, são erros de origem fonológica e não de origem visual.
8. É verdade quem tem dislexia também tem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade?
Nem todo mundo que tem dislexia tem TDAH. Mas, o TDAH é a comorbidade mais comum associada à dislexia. Entre as doenças que se desenvolvem conjuntamente com a dislexia podemos encontrar a disgrafia, a discalculia, transtornos relacionados à coordenação motora, entre outros.
9. A dislexia afeta mais homens que mulheres?
Sim. Estudos mostram que a dislexia afeta duas vezes mais os meninos que as meninas.
10. Como é feito o tratamento?
O tratamento para a dislexia deve ser feito por uma equipe interdisciplinar, composta pelo neuropediatra, professor, psicopedagogo, psicólogo e fonoaudiólogo. A participação da família é fundamental para o sucesso da terapia. Os profissionais atuam conjuntamente e trocam informações sobre a evolução do quadro. O tratamento exige dedicação de todos os envolvidos e é de longa duração.
11. A dislexia tem cura?
Não, ainda não há cura para a dislexia. Porém, quanto antes for feito o diagnóstico e o tratamento, mais cedo a criança irá desenvolver estratégias que irão ajudar a ler e a escrever. A terapia também vai ajudar a fortalecer a autoestima e o controle emocional para enfrentar as dificuldades ao longo da vida acadêmica.