terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Epilepsia na infância


Define-se epilepsia como uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas. Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a crise causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, que classificamos como crises epilépticas sintomáticas e não configuram epilepsia.
Em todo o mundo, a epilepsia representa um problema importante de saúde pública, não somente por sua elevada incidência, mas também pela repercussão social da enfermidade que submete a criança a restrições injustificadas, na grande maioria das vezes.
Estima-se que 90% das pessoas que desenvolvem os sintomas de epilepsia o fazem antes dos 20 anos de idade. A incidência de epilepsia é particularmente alta nos primeiros anos de vida, cai para um platô na segunda década de vida e volta a subir a partir dos 60 anos. Assim, a epilepsia é especialmente comum nos primeiros anos de vida e na terceira idade.
Um dos campos da Neurologia onde é mais importante uma abordagem diferente para adultos e crianças é a epilepsia. O sistema nervoso central (SNC) da criança desde antes do nascimento se encontra em mudança dinâmica constante. Apesar de sua formação começar nas primeiras semanas após a concepção, sua maturação continua até a idade adulta. Uma das conseqüência destas mudanças ativas, são as formas de apresentação das crises epilépticas na infância, bastante diferentes dos adultos.
Além disso, certas síndromes epilépticas aparecem somente em uma faixa específica de idades e, além disso, as manifestações clínicas das crises podem se modificar com a idade. Por exemplo, existe uma incapacidade do cérebro do recém nascido para desenvolver crises motoras graves, chamadas de tônico-clônicas generalizadas.
Por fim, devemos ter consciência que há inúmeras formas de epilepsia relacionadas a idade, e que muitas crianças deixam de apresentar crises epilépticas após um determinado tempo. Além disso, o tratamento da epilepsia na infância envolve medicamentos muito seguros e que causam pouquíssimos efeitos colaterais nos dias de hoje.

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http://www.epilepsia.org.br/epi2002/temas_indice.asp